OIT cobra explicações do Brasil pelo ataque aos direitos dos trabalhadores durante a pandemia
Na pandemia da COVID-19, o Brasil falhou na cobertura da proteção social, ampliou a desigualdade social, a informalidade e a precariedade e atacou ainda mais os direitos trabalhistas
Em dezembro de 2020, o relatório anual da OIT alertava que a pandemia da Covid-19, associada às políticas neoliberais, deixavam um rastro de 30 milhões de trabalhadores desempregados e a precariedade do mercado de trabalho na América Latina e Caribe apontava um 2021 com um dos piores indicadores de emprego. O Relatório analisou o aumento do trabalho em plataforma, especialmente os serviços de entrega, e o crescimento do teletrabalho, bem como os desafios enfrentados na sua regulamentação, no fechamento das brechas digitais, no treinamento e na sua atuação em condições formais.
No relatório a OIT indicava: “Diante da atual crise da COVID-19, é importante adequar e atualizar a Política Nacional de Emprego nos países que já a possuem, ou formular uma Política nos países que ainda não a possuem.”
O relatório destacou os países que durante a crise criou novas políticas para tentar mitigar os impactos, como a formação à distância, seguro de trabalho para evitar demissões e trabalho remoto. Entre outras medidas como formação profissional, proteção social, fiscalização do trabalho, para a recuperação do emprego após a crise, a OIT propõe no relatório: “a necessidade de repensar o modelo de inserção econômica internacional, do desenvolvimento tecnológico com sustentabilidade ambiental, da promoção do empreendedorismo e da formalização, e de contar com políticas de emprego que respondem às novas realidades.”