Abril Educação tem primeiro lucro de 2011
A Abril Educação fechou o quarto trimestre com lucro líquido de R$ 57,6 milhões. Trata-se do primeiro resultado positivo da companhia no ano de 2011, que foi marcado por três trimestres com prejuízo devido à despesas financeiras e amortizações do ágio provenientes da aquisição do Anglo. “Mesmo com as amortizações, fechamos com lucro. Nossa receita no ano aumentou 51% tanto por conta de crescimento orgânico quanto por aquisições”, explicou Manoel Amorim, presidente da Abril Educação. A receita líquida anual somou R$ 772 milhões.
No último trimestre de 2010, o lucro líquido da companhia foi de R$ 42,5 milhões. No ano passado, o lucro foi de R$ 48,3 milhões. Mas nesses valores não há o impacto das amortizações de ágio e Imposto de Renda diferido das aquisições dos sistemas de ensino Anglo e pH que geraram débitos de R$ 37 milhões e foram computados a partir do ano passado.
Em 2011, a companhia abriu o capital, levantando R$ 371 milhões. A companhia adquiriu 100% dos sistemas de ensino pH e Maxi, participação nas escolas técnicas ETB e no curso online de idiomas Livemocha, que demandaram investimento de R$ 280 milhões.
O resultado operacional, medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia cresceu 15% e ficou em R$ 124 milhões, com margem de 34%. No acumulado do ano, o Ebtida saltou 113% e atingiu R$ 218 milhões.
Uma das principais estratégias da Abril Educação é diversificar seu negócio. Hoje, os livros escolares representam 66% da receita líquida da companhia que é a líder em vendas de livros escolares para o governo. No ano passado, suas editoras Ática e Scipione fecharam contratos de R$ 300 milhões com o MEC.
“Em 2009, nossa receita era praticamente toda proveniente das vendas de livros didáticos, mas hoje essa parcela caiu para 66%. Isso ocorreu porque agora temos outros negócios como os sistemas de ensino que geram receita o ano todo. Antes, nosso faturamento era concentrado nos primeiros e quatro trimestres”, explicou Amorim.
Fonte: Jornal Valor Econômico