Big techs desafiaram a soberania do país, diz Miro
“O que o Google fez, o que o Telegram fez… Aquela mensagem do Telegram é puro terrorismo. É terrorismo contra o Poder Legislativo brasileiro e a legislação brasileira. É um abuso, um desrespeito à soberania de um país”
O jornalista Altamiro Borges, coordenador do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, foi o convidado desta segunda-feira (22) do programa Contee Conta, que tratou sobre a importância do PL (Projeto de Lei) 2.630/20, conhecido como PL das Fake News.
A conversa, conduzida pelo coordenador-geral da Contee e pelo jornalista Marcos Verlaine, ocorreu em meio ao imbróglio sobre a matéria na Câmara dos Deputados e a expectativa de votar a proposta antes que o STF (Supremo Tribunal Federal) analise a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, sobre responsabilização das plataformas digitais.
A aprovação do PL faria com que recurso extraordinário que o STF avalia perdesse o objeto, vez que o PL das Fake News propõe, justamente, a regulação das plataformas digitais no País.
O texto teve o regime de urgência aprovado na Câmara em abril, mas foi retirado de pauta no início de maio diante da resistência do plenário e da pressão pública e descarada das big techs contra a proposta.
Jogo pesado das big techs
“O jogo das big techs foi pesado”, disse Miro. “Já se sabia que eles iam jogar pesado, mas se sabia que iam jogar pesado pelos bastidores, pelos corredores, pelas negociações escondidinhas, onde rola muita grana e pouco papo. Agora, do jeito que eles fizeram, eles desafiaram a soberania do País.”
“O que o Google fez, o que o Telegram fez… Aquela mensagem do Telegram é puro terrorismo. É terrorismo contra o Poder Legislativo brasileiro e a legislação brasileira. É um abuso, um desrespeito à soberania de um país”.
Assista à íntegra do Contee Conta
Táscia Souza