Conflito no Oriente Médio já tem mais de mil mortos. E mil brasileiros em Israel tentam voltar

Governo reservou seis aeronaves para repatriação. Conselho de Segurança da ONU se reuniu neste domingo, sem conseguir consenso

Com dois dias de conflitos no Oriente Médio, a estimativa das autoridades é de pelo menos 1.100 mortes até agora. Presidido pelo Brasil, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reuniu a portas fechadas nesse domingo (8) em busca de soluções diplomáticas, mas não houve consenso – apenas temor de que o conflito se espalhe. Enquanto isso, aproximadamente mil cidadãos brasileiros que se encontram em Israel já pediram para retornar ao país, segundo o Ministério das Relações Exteriores. Três brasileiros estão desaparecidos e um foi ferido, mas passa bem.

O governo brasileiro reservou seis aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para operações de repatriação. O primeiro sairia ainda hoje de Natal. A estimativa é de 14 mil brasileiros vivendo em Israel e 6 mil na Palestina. Mas a grande maioria fora da área de conflito.

Mortos e feridos

O governo de Israel fala em 700 mortos e 2.300 feridos após os ataques iniciados ontem. Do lado palestino, seriam 413 pessoas mortas na Faixa de Gaza – 41 mulheres e 78 crianças – e também em torno de 2.300 feridos.

Ainda no final de setembro, o coordenador especial da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio, Tor Wennesland, lembrava que o Conselho de Segurança havia determinado que tanto Israel como Palestina deveriam abster-se de atos de “provocação, incitação e retórica incendiária”. “Lamentavelmente, esses atos prosseguiram”, constatou. No mês anterior, ele havia reportado a morte de mais de 200 palestinos e quase 30 israelenses neste ano, em manifestações, enfrentamentos, operações militares, atentados e outros incidentes. Isso já fazia deste ano o mais mortal do conflito desde 2005.

Ajuda humanitária

Ontem, Wennesland postou mensagem afirmando que mantém “contato próximo” com Estados Unidos, União Europeia, Catar, Egito e Líbano para discutir o conflito. “A prioridade agora é evitar mais perdas de vidas civis e entregar a tão necessária ajuda humanitária à Faixa. A ONU continua ativamente empenhada em fazer avançar estes esforços.” Mas os Estados Unidos já anunciaram ajuda a Israel.

Também hoje, na sede da ONU, o embaixador de Israel, Gilad Erdan, afirmou que o ataque iniciado pelo Hamas equivale ao 11 de setembro para o país, segundo informou o jornalista Jamil Chade, do portal UOL. Por sua vez, o embaixador palestino, Riyad Mansour, disse que o conflito não começou agora. “Ano após ano, estamos dizendo que a situação é intolerável”, afirmou, em referência a ofensivas israelenses.

Da Rede Brasil Atual

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