Contee participa da 8ª marcha das centrais sindicais

Diretores da Contee participam amanhã (9) da 8ª Marcha da Classe Trabalhadora, que será realizada em São Paulo, por mais direito e qualidade de vida. A mobilização convocada pelas centrais sindicais, a qual deve reunir mais de 50 mil pessoas, é uma reafirmação da unidade do movimento sindical, fundamental para fazer avançar a pauta, cujos principais pontos são o fim do fator previdenciário, a redução dos juros e do superávit primário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário, o combate ao PL 4330 (que amplia a terceirização), e a igualdade de oportunidades para homens e mulheres.

A concentração será na Praça da Sé, a partir de 10h. Depois, a marcha seguirá até o vão do Masp, na Avenida Paulista. A mobilização, que até o ano passado acontecia em Brasília, foi transferida para São Paulo por ser esta a capital econômica do país.

Ontem (7), os dirigentes das centrais concederam entrevista coletiva e divulgaram um documento que será entregue à presidenta Dilma Rousseff, aos presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados e do Tribunal Superior do Trabalho, retomando a “Agenda da Classe Trabalhadora para um Projeto Nacional de Desenvolvimento com Soberania, Democracia e Valorização do Trabalho”, construído em 2010, durante ato no estádio do Pacaembu.

Segundo o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, os trabalhadores defenderão também a manutenção da política de crescimento com distribuição de renda adotada na última década e conquistas como a valorização permanente do salário mínimo, resultado da luta conjunta do movimento sindical. Ele acrescentou que a marcha terá dois eixos como base: um trabalhista, para a ampliação e contra o retrocesso de direitos, e o outro sobre questões estruturais que impactam a população como transporte, saúde e educação de qualidade.

Já o presidente da CTB, Adilson Araújo, destacou que a Copa do Mundo e o calendário eleitoral lançam uma perspectiva de grande efervescência política no Brasil. Ele afirmou que avanços sociais foram promovidos nos últimos anos, sobretudo diante da grande crise que ainda acomete boa parte dos países desenvolvidos. No entanto, Araújo ponderou que, embora, num primeiro momento, o governo Dilma tenha tomado posições progressistas de enfrentamento aos interesses daqueles que obtém lucro a partir de ganhos especulativos, com o passar dos anos, perdeu o ímpeto de enfrentamento, que precisa ser retomado.

Confira a pauta completa da marcha convocada pelas centrais:

– Manutenção da política de valorização do salário mínimo;

– Redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução de salário

– Fim do fator previdenciário

– 10% do PIB para a educação

– 10% do Orçamento da União à saúde

– Reforma agrária e agrícola

– Regulamentação da Convenção 151 da OIT (Negociação coletiva no setor público)

– Combate à demissão imotivada, com aprovação da Convenção 158 da OIT

– Igualdade de oportunidades e de salários entre homens e mulheres

– Valorização das aposentadorias

– Redução dos juros e do superávit primário

– Correção e progressividade da tabela do Imposto de Renda

– Não ao Projeto de Lei 4330, da terceirização

– Transporte público de qualidade

– Fim dos leilões do petróleo

8ª MARCHA UNIFICADA DA CLASSE TRABALHADORA

Dia: 9 de abril (quarta-feira)

Concentração a partir das 10 horas, na Praça da Sé – SP

Marcha seguirá até o vão do Masp, na Avenida Paulista, SP

Com informação da CUT e do Portal CTB

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