Dados do Censo revelam aumento de matrículas nas instituições públicas

Em um ano, houve aumento de 5,7% no total de matrículas de graduação do ensino superior brasileiro. O maior impulso se deu em instituições públicas, onde houve crescimento de 7,9%. Já nas instituições privadas, o aumento foi de 4,8%. Atualmente, há 6.739.689 pessoas matriculadas em cursos de graduação no ensino superior do país. Deste total, 1.032.936 estão em instituições federais.

Os dados do Censo da Educação Superior 2011 foram apresentados nesta terça-feira, 16, pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Luiz Cláudio Costa. A previsão é de que os microdados, mais detalhados, por unidade da Federação e demais recortes sejam divulgados no portal do Inep a partir da próxima semana.

“Este é um ritmo bastante significativo que estamos conseguindo projetar”, salientou o ministro. Segundo ele, políticas de indução, como o Programa Universidade Para Todos (ProUni), Programa de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) sustentam as taxas de crescimento na educação superior. Nos últimos anos, o MEC já concedeu mais de um milhão de bolsas integrais e parciais do ProUni, além de 570 mil contratos do Fies.

“Nossa prioridade hoje é consolidar a expansão do Reuni. Crescer com qualidade”, ressaltou Mercadante. No período de 2010-2011, a matrícula na rede federal cresceu 10% e já participa com mais de 58% das matrículas na rede pública (que reúne ainda as esferas municipal e estadual), superando a marca de um milhão de matrículas de graduação. Atualmente, são 59 universidades federais. A previsão do governo federal é que até 2014 o Brasil tenha 63 universidades federais, com 321 câmpus distribuídos em 272 municípios.

Os dados do Censo da Educação Superior também apontam que o percentual de pretos e pardos de 18 a 24 anos que frequentam ou já concluíram o ensino superior de graduação evoluiu de 1,8% para 8,8% e 2,2% para 11%, respectivamente. “Este número ainda é baixo, mas vai melhorar com a política de cotas. Uma década é um prazo razoável para diminuir a desigualdade”, destacou Mercadante, referindo-se à lei de cotas, que reserva 50% das matrículas em universidades federais e institutos federais de ciência e tecnologia para estudantes oriundos de escolas públicas, com baixa renda, além de pretos, pardos e indígenas.

Fonte: MEC

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