Destacam na Venezuela exemplo solidário de Cuba em matéria educativa
O programa de alfabetização internacional, Yo Sí Puedo, figura hoje como mostra da solidariedade intelectual de Cuba para com o resto do mundo, afirmou nesta capital a criadora desta iniciativa educativa, a pedagoga Leonela Relys.
Durante sua participação no VII Encontro Continental de Solidariedade à Cuba, Relys recordou que este programa criado em 2001 com o objetivo de contribuir a eliminar o analfabetismo das letras no mundo até a data tem ensinado a ler e a escrever a mais de sete milhões de pessoas em toda a órbita.
Digo que este método educacional cubano enfrenta o analfabetismo das letras, pois este flagelo é resultado de outra classe de analfabetismo: o político, expressou Relys à Prensa Latina.
Nesse sentido, a prestigiosa pedagoga cubana realçou que para combater com sucesso o analfabetismo é necessário a existência de uma vontade política por parte dos Estados.
Inclusive, não basta alfabetizar, pois se os governos não garantem a continuidade de estudos das pessoas alfabetizadas, podem correr o risco de que a gente retroceda e regresse à ignorância: por isso, é necessário elevar o nível de escolaridade, pois só isso permitirá ter povos mais cultos e portanto, mais livres, considerou.
Assim mesmo, Relys destacou que “o mais importante neste processo alfabetizador é atingir a unidade de nossos povos através da solidariedade, no meio da diversidade que tem hoje o mundo”.
Da Prensa Latina
Ao respeito, assinalou que conquanto Yo Sí Puedo nasceu com um marcado caráter latinoamericanista, o método tem sido adaptado e contextuado com sucesso a idiomas de outras regiões do planeta, sempre com base no respeito para a identidade e cultura da cada povo.
Além do espanhol, o método tem sido transladado ao francês, inglês, português e a outros idiomas menos expandidos de diferentes continentes como o quechua, o aimara, o guaraní, o creole, o tetun e o swahili, com o objetivo de que não se percam as línguas destes grupos e de levantar a dignidade desses povos, agregou.
Apesar dos comprovados sucessos deste programa, com o qual se declararam livres de analfabetismo países como a Venezuela, Bolívia e Nicarágua, Relys afirma que continua trabalhando para aperfeiçoar o método e fazê-lo a cada dia bem mais eficiente e de maior qualidade.
Depois de mostrar-se satisfeita pela favorável acolhida da iniciativa alfabetizadora nos países onde se implementou, Relys recordou que “educar é revelar o melhor de cada ser humano”.
Sobre tal ponto, a pedagoga manifestou a esta agência que o grande objetivo do método Yo Sí Puedo “é que os povos aprendam a ler o mundo em que vivem e possam transformá-lo em um melhor lugar e que como povos cultos ascendam e saibam andar”.