Em atos de rua, direita defende Moro e pede pelo fechamento do Congresso e do STF
Após a série de vazamentos das conversas da força-tarefa da Lava Jato, que põe em xeque a isenção da conduta do ex-juiz Sérgio Moro e de procuradores do Ministério Público Federal, neste domingo (30), cerca de 50 cidades brasileiras registraram manifestações de rua em defesa da operação, do atual ministro da Justiça Moro e do mandatário Jair Bolsonaro (PSL).
Além da Lava Jato e de pautas prioritárias do governo de direita, como a reforma da Previdência, outras pautas de caráter antidemocrático foram defendidas em cartazes, camisetas e mesmo em discursos. São exemplos, os pedidos de fechamento do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e de intervenção militar.
Segundo os principais organizadores – Nas Ruas, Vem Pra Rua e o Brasil Livre (MBL) – os atos foram convocados em mais de 200 municípios. O site G1, até o fechamento desta matéria, tinha contabilizado atos em 50 cidades de 15 estados, sobretudo nas regiões sul e sudeste. Não há estimativas oficiais com relação à quantidade de manifestantes.
As últimas mobilizações contrárias à reforma da Previdência, na greve geral de 15 de junho, registraram atos em mais de 380 municípios, segundo a Central Única dos Trabalhadores.
SP, RJ e DF
Em São Paulo (SP), cinco carros de som foram disponibilizados pelos organizadores na avenida Paulista. No Rio de Janeiro (RJ), a concentração ocorreu à beira-mar, em Copacabana.
Em Brasília (DF), manifestantes se reuniram em frente ao Congresso Nacional. Um boneco gigante representando o ministro Moro como o personagem de ficção Super-homem foi exibido. Discursaram, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR), e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Augusto Heleno.
No Rio e em São Paulo, segundo a rádio Jovem Pan, houve incidentes envolvendo o MBL. A polícia teve de ser chamada para apartar uma briga na capital paulista, após discussão envolvendo membros do movimento, considerado “traidor”por parte dos manifestantes desde que ficou de fora da convocatória dos últimos atos da direita.