Entidades cobram responsabilidade da igrejas metodista pelos débitos trabalhistas da rede
Contee, Sinpros ABC, Campinas e Região, Juiz de Fora, Minas, Rio e Fesaaemg enviaram nota aos funcionários das instituições metodistas explicando por que o plano de recuperação é prejudicial aos interesses trabalhistas
O coletivo formado pela Contee, pelos Sinpros ABC, Campinas e Região, Juiz de Fora, Minas, Rio e pela Fesaaemg enviou nota aos professores e técnicos administrativos das instituições metodistas, apresentando as razões pelas quais os trabalhadores devem votar contra o atual plano de recuperação judicial da rede metodista de educação.
Entre os motivos elencados na nota estão a exclusão das igrejas metodistas de qualquer responsabilidade pelo cumprimento do plano de recuperação judicial; o desconto dos créditos trabalhistas; o prazo para pagamento deles; a insuficiência do patrimônio oferecido como garantia; e a própria inviabilidade do plano.
“Se é fato que as instituições de ensino metodistas enfrentam graves dificuldades financeiras, encontrando-se em situação de total insolvência, o mesmo não se pode dizer das igrejas que as mantêm. Ao contrário daquelas, estas gozam de excelente situação patrimonial, com plenas condições de responder por todas as dívidas contraídas com nada menos do que 10 mil trabalhadores/as sem que isso represente qualquer ameaça ao seu regular funcionamento e cumprimento da missão social a que se propõem. Para comprovar essa assertiva, basta que se faça simples pesquisa nos cartórios de registro de imóveis pelo Brasil afora”, argumentam as entidades.
No último dia 20, o coletivo integrado pela Contee encaminhou ofício à AIM (Associação da Igreja Metodista) propondo um debate público sobre a recuperação judicial da rede. O debate, contudo, foi recusado pela AIM. Por isso, a Contee, os Sinpros e a Fesaeemg enviaram novo ofício, com uma série de questionamentos por escrito.
Leia a íntegra da nota aos trabalhadores das instituições metodistas
Táscia Souza