Federação Sindical Mundial denuncia repressão do Estado contra o povo hondurenho
O governo hondurenho anunciou, na noite da última sexta-feira (1), a suspensão do direito à livre circulação ao impor um toque de recolher à noite e dar ao exército e à polícia mais poderes sob o pretexto de frear as manifestações em apoio ao candidato da oposição Salvador Nasralla que denuncia fraude eleitoral no país.
A Federação Sindical Mundial (FSM) divulgou uma nota, no último sábado (2), em repúdio à violência policial contra os manifestantes e denunciando a ingerência estrangeira no país. “A FSM rechaça as intervenções imperialistas naquele país e exige que seja respeitado o direito de cada povo decidir livre e democraticamente sobre seu presente e futuro”, diz o comunicado.
Leia abaixo a íntegra:
A Federação Sindical Mundial (FSM), que representa mais de 92 milhões trabalhadores em 126 países, se solidariza com o povo de Honduras que, durante os últimos dias, tem sofrido uma forte repressão por protestar contra o autoritarismo do governo hondurenho.
Ao mesmo tempo, a FSM condena veementemente a violência repressiva após toque de recolher, decretado pelo governo, assim como a suspenção das garantias constitucionais.
No entanto, não é a primeira vez que a burguesia hondurenha recorre à violência já que durante o golpe de estado de 2009 não exitou em reprimir o povo e os trabalhadores que saíram às ruas para protestar contra a ingerência imperialista dos Estados Unidos.
A grande família sindical da FSM reitera sua solidariedade com o povo e a classe trabalhadora hondurenha, rechaça as intervenções imperialistas naquele país e exige que seja respeitado o direito de cada povo decidir livre e democraticamente sobre seu presente e futuro.