MPF abre dois inquéritos para investigar Uniesp
Procurador quer ouvir faculdade e MEC sobre diversas denúncias
A Procuradoria da República em São Paulo está investigando a Uniesp em dois inquéritos, abertos entre março e abril. Entre as suspeitas que pesam contra o grupo educacional, estão rescisão de financiamentos estudantis e propaganda enganosa.
Na fase atual dos inquéritos, o procurador está ouvindo a Uniesp e o MEC e recolhendo mais informações. Após receber denúncias em 2011, a procuradoria abriu procedimentos preparatórios, que foram convertidos agora em inquéritos civis.
O inquérito 1.34.001. 002422/2011-37 pretende apurar: a falta de pagamento do imóvel ocupado pelo Campus Guarujá; a cobrança indevida de taxas para a emissão de documentos; a rescisão de financiamentos estudantis; e divulgação e/ou propaganda enganosa por associar o nome da UNIESP às instituições de ensino do grupo a despeito das mesmas serem mantidas por entidades diversas.
A outra investigação (1.34.001.003175/2011-96) tem como alvo verificar outras supostas irregularidades: queda da qualidade de ensino das universidades administradas pela Uniesp; a existência de salas de aula superlotadas; cassação indevida de bolsas de estudos no decorrer dos cursos; e a ausência de fiscalização por parte do Ministério da Educação e da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.
Caso comprove as irregularidades, o procurador deve entrar com ação civil pública na Justiça Federal de SP. Se a ação for aceita, a Uniesp viraria ré no processo.
Mais problemas
Enquanto os inquéritos começam, em Presidente Epitácio, os alunos da FAPE, comprada pela Uniesp, promovem um abaixo-assinado contra o aumento de mensalidade.
Na página da campanha, os idealizadores dizem que os reajustes superaram os 10%. Esta é mais uma reclamação contra o grupo, como se comprova na página do Reclameaqui.
O fato de estar na mira da Procuradoria e do MPT não impediu que, em 20/04, a Uniesp promovesse uma festa para mais de 200 pessoas no Restaurante Terraço Itália, espaço luxuoso de eventos na capital paulista.
O grupo educacional, que atua também no Rio de Janeiro e Tocantins, desrespeita professores e alunos. Para ler o que a Fepesp já publicou sobre a Uniesp, clique aqui.
Fonte: FEPESP