Silvinei Vasques é preso pela PF por interferência nas eleições de 2022

A Polícia Federal prendeu preventivamente nesta quarta (9) o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques. Os agentes cumprem mandado de busca e apreensão no âmbito da operação Constituição Cidadã, por suposto uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral em 2022.

A operação cumpriu 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte. A operação conta com o apoio da Corregedoria Geral da PRF, que determinou ainda a oitiva de 47 policiais rodoviários federais. Silvinei Vasques foi preso em Florianópolis (SC).

“Os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste do país”.

Em 30 de outubro, dia do segundo turno das eleições presidenciais de 2022, agentes da PRF abordaram 696 veículos por todo o país. Na região nordeste, 324 ônibus foram paralisados. A região deu 32 milhões (66,7%) dos votos do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva.

Na noite anterior, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral Alexandre de Moraes proibiu a PRF de conduzir operações que pudessem afetar o transporte público de eleitores, fosse pago ou gratuito, sob pena de responsabilização criminal do diretor-geral da corporação em caso de descumprimento.

Naquele dia, o então diretor-geral da PRF havia declarado voto no candidato a reeleição, Jair Bolsonaro.

Além de Silvinei, outros agentes foram alvos de busca e apreensão:

Luis Carlos Reischak, ex-diretor de Inteligência;

Rodrigo Hoppe, ex-diretor de Inteligência Substituto;

Wendel Benevides, ex-corregedor-geral;

Bruno Nonato, ex-PRF e hoje na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT);

Anderson Frazão, ex-coordenador-geral de Gestão Operacional;

Djairlon Henrique Moura, ex-diretor de Operações; e

Antonio Melo Schlichting Junior, ex-coordenador-geral de Combate ao Crime.

Do Portal Vermelho

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