Sinpro/RS: Pesquisa avaliará trabalho extraclasse dos professores da educação básica
O formulário foi enviado à categoria pelos e-mails cadastrados na base de dados do Sinpro/RS e poderá ser respondido uma única vez por participante
O Sindicato dos Professores (Sinpro/RS) realiza, desde a última segunda-feira, 15 de agosto, uma pesquisa para aferir o excesso de trabalho dos professores da educação básica do ensino privado gaúcho. O questionário foi enviado aos professores por e-mail e pretende identificar as condições de trabalho e a realidade de cada instituição de ensino.
“É fundamental que os professores participem dessa pesquisa para que possamos demonstrar aos sindicatos patronais e à sociedade em geral o quanto queremos fazer um bom trabalho e o quanto de tempo precisamos para fazê-lo com eficiência”, pondera Cecília Farias, diretora do Sinpro/RS.
De acordo com Cecília, alguns fatores vêm causando acúmulo de trabalho extraclasse. Somadas às rotinas já conhecidas, como a preparação de aulas, produção de conteúdos, elaboração de avaliações, planejamentos diversos, foram agregadas novas atividades. Muitas delas, naturalizadas durante a pandemia, como as tarefas de alimentar os sistemas, disponibilizar conteúdos e resultados de avaliações, seja para interação com estudantes, pais e a própria instituição.
“Muitos relatos pós-pandemia que chegaram ao Sindicato nos alertam para uma situação generalizada nas escolas privadas, em que o trabalho que já era muito, foi triplicado. E, no que refere à inclusão de estudantes com deficiência, os professores querem de fato incluir os estudantes, mas não encontram as condições de tempo e estrutura necessárias para realizar de forma adequada”, explica.
A pesquisa integra uma preocupação histórica do Sinpro/RS com a questão do trabalho extraclasse, do direito à desconexão, do direito ao descanso e sobre os impactos do excesso de trabalho na saúde física e mental dos docentes.