Sinproeste: Sinepe se recusa a repor perdas salariais, em especial ao ensino superior
Na tarde de ontem o sindicato patronal (Sinepe) apresentou uma contraproposta em relação à reposição salarial dos professores: pagar o INPC de 10,8% aos professores do ensino infantil, básico, fundamental 1 e 2, médio, cursos profissionalizantes e livres. Não apresentou nada de reajuste ao ensino superior e pede “contraproposta dos representantes da categoria laboral, que seja razoável”.
Além de se indispor a pagar a integralidade da inflação aos professores do ensino superior, o Sinepe ainda quer condicionar a reposição parcial à renovação do Anexo 3 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Este anexo permite às instituições justificarem a não reposição salarial dos docentes.
Ainda, o Sinepe propõe a quitação da dívida das instituições com os professores, ou seja, não se paga os percentuais devidos desde 2020 e não se fala mais nisso! “O sindicato patronal simplesmente quer o perdão dos percentuais não pagos e não quer repor a integralidade da inflação desse ano ao ensino superior. Essa proposta é inaceitável!”, ressalta a presidente do Sinproeste, professora Juleide Almeida Corrêa.
Descumprindo o combinado
Na negociação de 2021 foi acordado negociar os percentuais não pagos neste ano. Está previsto na Cláusula 4ª, parágrafo 7º, da CCT: “Os Sindicatos convenentes, para a próxima data-base (MARÇO/2022), assumem o compromisso de negociar a diferença do reajuste salarial dos professores e auxiliares da administração escolar empregados das escolas privadas mantenedoras do ensino no nível SUPERIOR”.
“Agora, o Sinepe se recusa a negociar os percentuais não pagos. Nós também já sabemos que o Anexo 3 não retrata a realidade das instituições. O professor já contribuiu muito bem no período pandêmico. Agora precisa ser valorizado”, finaliza Juleide.