Centrais fecham pacto pelo Desenvolvimento e Distribuição de Renda

As centrais sindicais CTB, CGTB, Força Sindical, NCST e UGT participaram na manhã desta sexta-feira (20) de um café da manhã, em São Paulo, para definir a agenda sindical para o próximo semestre e a organização do 1º de Maio. Como resultado do encontro, ficou acertada a construção de um Pacto pelo desenvolvimento, emprego e distribuição de renda junto.

 Por mais desenvolvimento e salários

Preocupados com os rumos da política macroeconômica do Brasil e a pauta dos trabalhadores, os sindicalistas definiram a criação de um Pacto pelo Desenvolvimento, Empregos e Distribuição de Renda.

Para o presidente da CTB está mais do que na hora de pressionar para que a agenda dos trabalhadores entre na pauta do Congresso Nacional. “É preciso que se fortaleça o pacto de crescimento. O país precisa ter mais empregos e com qualidade. Mas para isso a presidenta vai precisar do apoio dos trabalhadores”, destacou Gomes.

Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB, lembrou que a desindustrialização é uma das causas provocadas pela política econômica do governo, que mantém alta a taxa de juros associada ao câmbio flutuante.

Além da confecção do documento intitulado “Pacto pelo Desenvolvimento, Empregos e Distribuição de Renda”, ficou definida a realização de uma reunião com o empresariado, que deve acontecer na próxima semana, no sentido de unificar forças e fortalecer a luta dos trabalhadores.

Dentre os pontos que compõe a pauta dos trabalhadores estão: mudanças na política econômica – reduzir os juros, conquistar o desenvolvimento com valorização do trabalho, distribuir renda e fortalecer o mercado interno; redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução do salário; fim do fator previdenciário, por uma política de valorização das aposentadorias; Regulamentação da terceirização para garantir os direitos dos trabalhadores; ratificação da Convenção 158 da OIT para combater a rotatividade da mão de obra; regulamentação da Convenção 151 da OIT, pelo direito de organização e negociação coletiva dos servidores públicos; reformas agrária e urbana; 10% do pré-sal para educação; e a luta pela soberania nacional e autodeterminação dos povos. 

Dia do Trabalhador: menos juros e mais salários

Durante a reunião os dirigentes discutiram também o mote do 1º de Maio, que neste ano deve girar em torno da mudança na política macroeconômica do país com o tema “Desenvolvimento, com menos juros, mais salários e emprego”.

Para Nivaldo Santana, a saída para alavancar o desenvolvimento do país é lutar pela valorização do trabalhador, mudar os rumos da política macroeconômica, reduzindo a ainda altas taxa de juros, para que haja mais recursos no financiamento da produção industrial e aquecimento do mercado interno.

Sindicatos fortes

Outro tema que ganhou destaque durante a reunião foi a questão do fortalecimento da estrutura sindical via manutenção da contribuição sindical. Estranhamente, no último dia 12 de janeiro, a CUT, em dissonância com as demais centrais sindicais, enviou uma carta ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluzo, exigindo agilidade no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) que trata da extinção do imposto sindical.

O julgamento da Adin, impetrada pelos Democratas, vai no sentido do enfraquecimento dos sindicatos, pede a extinção do imposto sindical e está parada no Supremo Tribunal Federal (STF) desde março de 2010, quando o ministro Carlos Ayres Britto, então presidente da corte, pediu vistas do processo.

Os sindicalistas demonstraram preocupação com a aprovação da medida, já que isso impossibilitaria a ação de diversos sindicatos, representativos, espalhados Brasil afora.

Para os dirigentes essa atitude deixaria os trabalhadores nas mãos dos patrões. “Precisamos alertar aos trabalhadores para o risco que é a extinção do imposto. Mostrar qual é o papel que as centrais têm desempenhado ao longo dos últimos quatro anos e o que isso representou para os trabalhadores”, destacou o presidente da CTB, Wagner Gomes completando: “É lamentável que num momento como esse, em que as centrais precisam se unir para garantir avanço para os trabalhadores, a CUT adote essa postura”.

Diante desse cenário preocupante, as centrais decidiram promover uma visita aos ministros do STF e enviar uma carta ao presidente, Peluzo, com o objetivo de conscientizá-los para a importância que o imposto tem para as entidades sindicais.

Fonte: Portal CTB

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