“Continuaremos disputando o jogo num ambiente democrático ou não”

Esta, segundo o professor, e a grande questão dessas eleições de 2022. Não há outra. E também não está em questão se Lula vai fazer boa ou má gestão diante dos abissais problemas pós-Bolsonaro 

Ao encerrar a participação no Contee Conta desta segunda-feira (10), o cientista político Paulo Roberto Figueira Leal, professor titular da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) disse que a “grande questão desta eleição de 2022 é se continuaremos disputando a jogo [eleitoral] num ambiente democrático ou não”.

Segundo o cientista político, neste momento da disputa eleitoral, não se trata de projetar se o PT, em caso de vitória de Lula, fará ou não um bom governo. Se trata, ainda segundo o professor, é de se a democracia será preservada diante de cenário ainda de grandes incertezas em função das ameaças proferidas por Bolsonaro ao Estado de Direito.

O professor Paulo Leal foi o entrevista do Conte Conta os desafios do cenário eleitoral no 2° turno.

Vitoria no 1° turno foi maiúscula

“É preciso tirar a narrativa de derrota” no primeiro turno, porque o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se sagrou vencedor na primeira volta da disputa ao Planalto, ponderou o professor.

“Nunca tivemos virada no segundo turno”, pontificou Paulo Leal. Houve “frustração de expectativa”, que gerou, logo após o primeiro turno, “apatia e desalento”. Todavia, “o cenário de virada e pouco provável”, já que “apenas Geraldo Alckmin recebeu menos votos no segundo turno” em relação ao primeiro, pontificou o professor.

O jogo está mais para Lula do que para o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. “A vitória de Lula no segundo turno é muito mais fácil do que a de Bolsonaro.” O campo progressista venceu o primeiro turno com diferença de pouco mais de 6 milhões de votos.

Lula venceu o primeiro turno, contra Bolsonaro, por 57.259.504 (48,4%) votos, a 51.072.345 (43,2%).

“Agora é colocar a ‘bola no chão’ e jogar com calma”, orientou o professor.

Assista a íntegra da entrevista mediada pelo coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, e conduzida pela jornalista da Confederação, Táscia Souza.

Marcos Verlaine

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