Única solução é Estado palestino independente, diz embaixador do país

Um ano após os ataques de Telavive contra a Faixa de Gaza, que deixaram mais de 2 mil palestinos mortos, incluindo cerca de 500 crianças, a instituição busca, com esta série de eventos, relembrar esta e outras violências realizadas contra o povo da região e discutir possíveis formas de colaborar na busca de uma pressão internacional que possibilite o fim das agressões.

Neste primeiro debate, ocorrido no auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, no centro da capital paulista, participaram o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben; o professor Refaat Alareer (Universidade Islâmica de Gaza), editor de dois livros de contos de jovens sobreviventes, “Gaza Writes Back” (2009) e “Gaza Unsilenced” (2015) e Moara Crivelente, representante do Cebrapaz.

“Mesmo um ano depois (da ofensiva israelense) nada mudou. Gaza segue sob bloqueio e as casas não foram reconstruídas”, disse de Gaza, via Skype, Refaat. Ele lembrou que os problemas com o governo de Israel não acontecem somente com quem vive em Gaza ou na Cisjordânia.

“Mesmo palestinos que vivem em Israel são tratados como cidadãos de segunda classe. Existe também uma grande diferença de tratamento com os judeus negros ou com os cristãos”.

Sobre a ocupação dos territórios palestinos, o embaixador no Brasil destacou que “Israel sempre procura um pretexto para prorrogar a ocupação e estender seu projeto expansionista”. Para Ibrahim lutar contra isso deve ser a principal preocupação, no entanto, ele ressaltou que para isso é muito importante a união.

“Sem unidade vai perdurar a ocupação. Apoiem a Palestina. Falar sobre possíveis divergências entre o Fatah e o Hamas é tirar o foco do verdadeiro problema. A luta pela liberdade é de todas as partes do mundo”.

Segundo ele, um dos principais agravantes do caso palestino é a desinformação. O embaixador falou ainda para o público presente sobre os problemas para se obter um passaporte e para se conseguir entrar na Palestina por conta do bloqueio imposto por Israel. “A única solução é um Estado palestino independente”.

Por Tayguara Ribeiro, do Portal Vermelho

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