Governo anuncia agenda do G20 no país, que aponta para grandes investimentos

Eventos marcam a passagem do Brasil pela presidência do G20, que reúne as maiores economias mundiais. O desenvolvimento sustentável está na pauta das principais discussões e encontros

O Brasil recebe, em novembro do ano que vem, a reunião de cúpula do G20. Além disso, durante o ano, estão programadas uma série de encontros relacionados. A organização, que o Brasil assumiu a presidência rotativa na última sexta-feira (1º) reúne as 20 maiores economias mundiais. Além de serem estratégicas em questões geopolíticas, as reuniões prometem trazer investimentos ao país. Particularmente em relação à transição energética, que o Brasil vem exercendo protagonismo internacional. Ontem (5), o governo adiantou uma agenda de encontros e as cidades-sede dos eventos.

A última cúpula do grupo aconteceu em setembro, na Índia. Os mais relevantes e estratégicos assuntos da política global passam pelas mesas do grupo que reúne mais de dois terços da população mundial. O secretário de Relações Internacionais do Governo do Distrito Federal e coordenador do G20 Brasília, Paco Britto, destaca a relevância econômica dos eventos relacionados ao G20. “Brasília, em especial, vai ganhar muito a longo prazo. Temos capacidade para receber investimentos e oferecemos rentabilidade e segurança jurídica.”

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas, Serafim Corrêa, os investimentos possuem potencial de aquecer economias regionais. “As economias mais importantes do mundo estarão em Manaus e terão a oportunidade de conhecer o nosso modelo econômico. Também vão trazer os olhos do mundo para ver a Amazônia de outra maneira. A outra oportunidade que nos parece bem relevante é a discussão de assuntos que interessam à Amazônia nessas oportunidades que teremos”, disse.

Agenda de desenvolvimento no G20

Ontem (5), o Brasil anunciou 13 cidades-sede que receberão grupos de trabalho do G20. São elas: Brasília (DF), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Foz de Iguaçu (PR), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Salvador (BA), São Luís (MA) e Teresina (PI). Os ganhos locais também envolvem setores como comércio e turismo.

Brasília sediará as primeiras reuniões que darão o pontapé inicial para a tão aguardada cúpula. Com o Palácio do Itamaraty como cenário, os próximos dias de 11 a 15 de dezembro marcarão encontros cruciais das Trilhas de Sherpas e Finanças, delineando a agenda e as negociações primordiais para o evento. Além disso, os acordos bilaterais entre cidades e organizações privadas ganham destaque, demonstrando a importância da cooperação multifacetada para o sucesso desses encontros.

Outro marco histórico está previsto para o dia 13, quando as Trilhas de Sherpas e de Finanças se unirão em uma reunião conjunta pela primeira vez. O evento representa uma mudança significativa no tradicional cronograma do G20. Esta integração precoce entre esferas políticas e financeiras sinaliza um novo paradigma para os diálogos globais, onde a interseção dessas áreas se torna um desafio central.

Estes eventos não apenas encorajam a participação ativa de líderes, empresas e organizações locais, mas representam um passo significativo rumo à descentralização da diplomacia global. Eles buscam soluções mais inclusivas e sustentáveis, baseadas na diversidade e no entendimento mútuo, para redefinir as relações internacionais.

Da Rede Brasil Atual

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