Jornada da Juventude em Brasília cobra votação imediata do PNE

Mais de 40 entidades do movimento social brasileiro deram início, nesta quarta-feira (26), à Jornada de Lutas da Juventude. Em Brasília, milhares de jovens fizeram uma marcha, a partir das 9 horas, percorrendo toda a Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional. Além de exigir a votação imediata do Plano nacional de educação (PNE), os estudantes aproveitaram o mês de março para fazer uma “descomemoração” do Golpe Militar de 1964.

Agência Brasil

“Temos que avançar ainda mais em investimentos para o ensino público brasileiro”, ressalta a presidenta da UNE, Vic Barros.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), entidade que compõem a Jornada, cobraram dos deputados a imediata aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE, que está em votação na Câmara dos Deputados. Os estudantes defendem a aprovação do texto original da Câmara, que destina 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação pública. Essa é uma das principais bandeiras do movimento estudantil.

“Não aceitaremos nenhum retrocesso. Temos é que avançar ainda mais em investimentos para o ensino público brasileiro, com a garantia também de uma política de permanência e a regulamentação do ensino privado”, ressalta a presidenta da UNE, Vic Barros.

A Jornada de Lutas da Juventude é uma articulação de lutas da juventude brasileira que se materializa em uma série de manifestações por todo o país entre os dias 26 de março a 9 de abril de 2014, exigindo o financiamento público da educação, contra o extermínio da juventude negra da periferia, por trabalho decente e pela democratização da comunicação.

Fazem parte da Jornada de Lutas da Juventude entidades estudantis, as juventudes do movimento social, dos trabalhadores (as), da cidade, do campo, as feministas, os negros e negras, as juventudes partidárias, religiosas, LGBT, dos coletivos de cultura e das periferias.

Símbolos para juventude

A Jornada é uma homenagem a duas figuras marcantes para a juventude brasileira que, com os seus anseios em mudar o Brasil e o mundo, continuam símbolos vivos para diversas gerações.

O estudante secundarista Edson Luís, assassinado com uma bala no peito disparada por militares durante repressão a um protesto no restaurante universitário Calabouço, no Rio de Janeiro, em 28 de março de 1968. Edson reivindicava preços mais justos para a alimentação dos estudantes.

A Jornada lembra ainda a data de nascimento – 28 de março de 1947 – de uma das principais lideranças estudantis da história brasileira: o ex-presidente da UNE, Honestino Guimarães, preso, torturado e assassinado pela ditadura militar no Rio de Janeiro. O seu corpo continua desaparecido.

Do Portal Vermelho

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