O Sesi recuou, mas ainda é insuficiente

Em carta, o Sesi-SP comunicou o recuo em duas das decisões anunciadas no mês de outubro: o fechamento de classes do 1º ano do Fundamental nas unidades externas e o fim das vagas de cursos técnicos, no ensino articulado Sesi/Senai, oferecidas aos alunos do nível médio do Sesi. O comunicado divulgado na terça-feira (3) foi assinado pelo diretor de Educação e Cultura do Sesi-SP, Fernando Antonio Carvalho de Souza.

Esse recuo ocorre num momento em que aumenta a pressão dos sindicatos e dos professores contra os cortes, o fechamento de classes e a demissão de professores no Sesi e no Senai. Na próxima sexta-feira (6), às 14h, uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa de São Paulo, convocada pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL-SP), vai debater o desmonte na Educação do Sistema S.

A decisão de manter as vagas nas unidades externas e nos cursos técnicos são, contudo, insuficientes. O fim da escola de tempo integral no Fundamental II (do 6º ao 9º ano), se mantido, trará consequências perversas para toda a comunidade do Sesi – alunos, professores e pais. Também pesam contra o Sesi e o Senai denúncias do autoritarismo na atribuição de aulas e da pressão sobre os professores diante da ameaça de demissão em massa,  decorrente do fechamento de vagas e da reestruturação curricular.

Conforme divulgação e chamada feita pela Fepesp – que vem estabelecendo articulações para reverter esse quadro –, é importante o comparecimento de todos na audiência pública desta semana. Também é necessário que professores continuem a demonstrar o descontentamento diante da situação, e que participem das ações promovidas pela Fepesp e os sindicatos filiados.

Fonte: Fepesp

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