Centrais pressionam por prorrogação do Auxílio no valor de R$ 600,00

Nesta terça (1ª), as Centrais Sindicais lançaram a campanha “Nenhum real a menos”. O objetivo é pressionar parlamentares a votar contra a proposta do governo Bolsonaro de rebaixar em 50% o valor do Auxílio Emergencial.

A intenção é pagar mais quatro parcelas de R$ 300,00 aos trabalhadores informais e desempregados durante a pandemia do novo coronavírus.

Em nota, CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB lembram que o abono impediu que “milhões de pessoas caíssem na pobreza”. “Criando uma proteção econômica efetiva para as famílias mais vulneráveis. Bem como ajudou a sustentar o consumo de bens e serviços essenciais, em especial nas regiões mais pobres do país”, destacam.

As mudanças do governo devem ser levadas ao Congresso por meio de medida provisória (MP). Mas os deputados e senadores ainda podem alterar o valor do auxílio emergencial.

A expectativas dos sindicalistas é que o Legislativo mantenha “os mesmos critérios de acesso e para o mesmo universo de pessoas credenciadas que ainda necessitam do benefício”.

Confira a íntegra da nota:

As Centrais Sindicais propuseram, desde o início da crise sanitária do covid-19, a atuação coordenada do Estado (União, estados e municípios) e medidas para a proteção dos/as trabalhadores/as.

No início de março, apresentamos ao Congresso Nacional a proposta de um Abono Emergencial para proteger os/as trabalhadores/as mais vulneráveis, que trabalham por conta-própria ou como autônomos, os/as assalariados/as sem registro em carteira, trabalhadoras/es domésticas e todos/as que dependem dos programas de transferências de renda. Apresentamos também propostas para a proteção das empresas e dos empregos dos/as assalariados/as que sofreram os impactos do isolamento social.

Provamos que era necessário e possível, e o Congresso aprovou um Auxílio Emergencial de R$ 600,00, sendo ainda devido um Auxílio de R$ 1.200,00 para a mãe chefe de família. Essa medida beneficiou mais de 65 milhões de pessoas, impedindo que caíssem na pobreza, criando uma proteção econômica efetiva para as famílias mais vulneráveis, bem como ajudou a sustentar o consumo de bens e serviços essenciais, em especial nas regiões mais pobres do país.

Considerando que os impactos sociais e econômicos da crise sanitária já se provam muito mais longos do que os inicialmente prospectados, com efeitos dramáticos sobre os empregos e as ocupações, bem como sobre as empresas e a dinâmica econômica, consideramos essencial que as iniciativas continuem no sentido de sustentar a renda das pessoas e famílias, estendendo os efeitos positivos de proteção social e de manutenção da demanda das famílias.

Por tudo isso, as Centrais Sindicais rejeitam a medida anunciada nesta terça-feira (1º) pelo governo que reduz à metade o valor do auxílio emergencial; propõem e defendem que o Congresso Nacional prorrogue até dezembro o benefício do Auxílio Emergencial de R$ 600,00, com os mesmos critérios de acesso e para o mesmo universo de pessoas credenciadas que ainda necessitam do benefício.

Consideramos fundamental que os parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado Federal qualifiquem o debate deliberativo sensibilizando todo o parlamento para a relevância da renovação desse benefício.

São Paulo, 01 de setembro de 2020

Agência Sindical

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