Sinpro/RS: Comitê apresenta resultados de pesquisa sobre a crise educacional no estado durante a pandemia

O relatório geral da pesquisa “A Educação na Pandemia do COVID-19”, divulgado dia 25, apresentou os principais problemas da desigualdade no acesso à educação

O relatório geral da pesquisa realizada pelo Comitê Popular Estadual de Acompanhamento da Crise Educacional no RS foi apresentado na sexta-feira, 25 de setembro, em atividade virtual. Com a presença das entidades que compõem o Comitê e de representações do Conselho Municipal de Assistência Social, do Conselho Tutelar de Porto Alegre e da FAMURS, foram apresentados os dados consolidados de um estudo que envolveu mais de 2 mil pessoas que participaram da pesquisa respondendo um questionário online entre os dias 23 e 28 de julho.

De acordo com os dados, 32,7% das mães e pais autodeclarados como brancos precisam de auxílio emergencial. Quando comparados aos respondentes que se declaram pardos e negros, este número sobe respectivamente para 45% e 51%. Segundo a Associação Mães & Pais Pela Democracia, a desigualdade racial é ampliada pelas escolhas políticas adotadas na educação em Porto Alegre.

Participaram do debate a economista do DIEESE, Anelise Manganelli e o professor doutor em Educação pela USP e pesquisador da área de Educação Infantil, Paulo Fochi. Anelise destacou que a pandemia ainda não acabou e a que “a volta às aulas é um reflexo do retorno das atividades econômicas no estado”, em uma situação de diminuição da média de testes e aumento na ocupação dos leitos de UTI, e Paulo destacou que deveria estar sendo discutido o que está acontecendo com as escolas. “A ideia de retorno que fica em polarização, como se fosse retornar em uma segunda-feira, como era antes da pandemia, é um equívoco”, criticou Paulo.

O debate está disponível na página do Comitê no Facebook e o relatório apresentado hoje será entregue a todos os órgãos públicos em nível municipal, estadual e será colocado à disposição de toda a sociedade em arquivo digital.

Do Sinpro/RS

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