Coronavac imuniza 78% e elimina casos graves e mortes por covid, apontam testes
Instituto Butantan diz que vai pedir autorização para uso emergencial à Anvisa esta semana
A vacina Coronavac alcançou 78% de imunização contra o coronavírus e garantiu que infectados não desenvolvessem sintomas graves da covid-19, de acordo com o resultado dos testes realizados no Brasil. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (7) e o Instituto Butantan vai finalizar o pedido de registro para uso emergencial até esta sexta-feira (8).
Desenvolvida pelo Instituto em parceria com o laboratório chinês Sinovac, a vacina passou por testes em 12.476 voluntários. Um grupo foi imunizado e outro tomou placebo. Segundo o Butantan, houve mais de 200 contaminados pelo coronavírus, mas menos de 60 ocorreram entre os que tomaram a vacina.
Nenhum deles desenvolveu sintomas graves. Não houve internações, óbitos e todos os pacientes se recuperaram.
Os detalhes dos resultados foram apresentados a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). São essas informações que vão compor o pedido para uso emergencial. A Anvisa deve analisar o pedido em um prazo de dez dias para definir se haverá o registro ou não.
A partir da autorização, o governo do estado de São Paulo, responsável pelo acordo com o laboratório chinês, tem aval para iniciar a campanha de imunização nos grupos prioritários: maiores de 60 anos, profissionais da saúde e indígenas. O plano de vacinação estadual prevê início da aplicação das doses para 25 de janeiro.
Já o Ministério da Saúde estima início da imunização em todo o Brasil para o dia 20 de janeiro, em um cenário otimista, com possibilidade de adiamento para fevereiro, caso ocorram empecilhos. Nesta quinta-feira (7), a pasta anunciou que vai adquirir do Butantan 100 milhões de doses da Coronavac. Segundo o ministro Eduardo Pazuello, a produção do Instituto será totalmente incorporada ao Plano Nacional de Imunização.