CNTE apresenta pesquisa “Educação: motor de um país melhor” para o CNE

Na última quarta-feira (11/2), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) apresentou, na Câmara da Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE), a pesquisa “Educação: motor de um país melhor”, encomendada ao Instituto Data Popular, em parceria com o  Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP) e lançada na última Conferência Nacional de Educação.

O levantamento, feito com três mil pessoas com mais de 16 anos, nas cinco regiões do País, revelou que a falta de segurança e a violência nas escolas são os principais problemas apontados pela população. Os entrevistados consideram a profissão de professor o ofício mais importante para que o Brasil tenha um bom futuro, mas apenas 15% gostariam de virar educadores.

“Cremos que os conselheiros do CNE são parceiros importantes. Como é um órgão que normatiza e traça resoluções, queremos, a partir do resultado da nossa pesquisa, trabalharmos juntos, no sentido de melhorar a educação do nosso país”, afirma a secretária geral da CNTE, Marta Vanelli.

A pesquisa apontou também que a valorização dos professores e funcionários é fator de preocupação: 98% acreditam que a profissão deveria ser valorizada. Além disso, 59% consideram que as escolas públicas estão longe de ter uma educação de qualidade e 98% consideram que bons salários para professores e funcionários ajudariam a mudar esse quadro.

Para os membros do Conselho, a pesquisa é indispensável, pois vai direcionar a reflexão dos gestores a partir da leitura real dos brasileiros sobre a escola pública: “É um momento apropriado para mudança. Não é uma intuição, é uma pesquisa científica. Eu gostaria que esta pesquisa fosse o ponto de corte entre ‘se falar e não se fazer’, para que os professores sejam efetivamente valorizados”, disse a conselheira Malvina Tânia Tuttman.

Segundo o Presidente da Câmara de Educação Básica do CNE, Luiz Roberto Alves, este trabalho é importante tanto para o CNE quanto para o sistema educacional brasileiro. “Há uns 10 anos, observa-se a demonstração de que a educação é importante, segundo a mídia e a família, na medida em que o país conseguiu colocar as crianças na escola, em até 97% no ensino fundamental. Acontece que existe uma ignorância ampla sob qual é essa importância trocada em miúdos. A importância é a qualidade? A formação do professor? Os valores cultivados pela escola? É a sua presença na comunidade?”, completa.

Para o conselheiro Francisco Aparecido Cordão, não houve surpresas na pesquisa. “O que ela enfatizou foram alguns aspectos que já são conhecidos, mas que precisam ser formalmente demonstrados para a sociedade, para iluminar a definição de políticas públicas, relacionados a formação e valorização de professores. A oferta de ensino de qualidade para todos os brasileiros é o nosso maior desafio, e só podemos oferecer isso, se tivermos professores valorizados e bem informados. Temos que atrair as pessoas para esta importante carreira. É importante refletir e divulgar esses dados e valorizar a atuação do professor para que tenhamos uma educação de qualidade para todos os brasileiros”, conclui.

Confira a pesquisa aqui.

Da CNTE

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