Contee denuncia genocídio em Gaza e faz apelo pelo fim da matança de civis

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) denuncia, com indignação e profunda dor, o massacre que vitimou dezenas de palestinos neste domingo (1º) na cidade de Rafah, na Faixa de Gaza. O ataque atingiu uma área destinada à distribuição de ajuda humanitária, onde pessoas famintas aguardavam alimentos. Foram 31 mortos e ao menos 170 feridos.
Essa chacina é mais um episódio cruel de uma ofensiva militar que tem provocado o colapso da vida civil palestina. Os sucessivos bombardeios, a destruição da infraestrutura básica, o bloqueio de alimentos e remédios, e os ataques sistemáticos a áreas densamente povoadas violam frontalmente o direito internacional humanitário.
A Contee se soma aos que pedem o fim imediato da violência. A alegação de combate ao Hamas como justificativa para a destruição em massa da população civil é inaceitável e encobre um objetivo maior: a ocupação definitiva e o controle territorial da Faixa de Gaza, negando ao povo palestino o direito à autodeterminação.
Nesse contexto, a Contee manifesta seu apoio à nota oficial emitida pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que condena, “nos mais fortes termos”, a aprovação, por parte do governo israelense, de 22 novos assentamentos na Cisjordânia — medida unilateral e ilegal, que agrava o conflito e configura uma forma velada de anexação de território palestino.
A Confederação reafirma a necessidade urgente de uma solução política justa, baseada na convivência pacífica entre dois Estados, com reconhecimento mútuo, fronteiras seguras e Jerusalém Oriental como capital do Estado da Palestina, em conformidade com as resoluções da ONU.
Declarações recentes de autoridades brasileiras, como a do presidente da República durante a convenção nacional do PSB, reforçam essa compreensão e evidenciam que essa guerra não expressa a vontade do povo judeu nem do povo de Israel. A Contee ressalta a importância de distinguir as ações de governos de seus povos, e de responsabilizar políticas de Estado que promovem a violência, a ocupação e a negação de direitos.
Além do cenário em Gaza, a Contee manifesta também sua solidariedade às vítimas da guerra entre Rússia e Ucrânia. Em ambos os casos, a lógica da destruição precisa ser substituída pelo caminho do diálogo, da diplomacia e do respeito ao direito internacional. A humanidade não pode continuar aceitando que interesses estratégicos e econômicos se sobreponham ao valor mais essencial: a vida humana.
Por isso, a Contee conclama a sociedade brasileira, os educadores, os movimentos sociais e todos os trabalhadores da educação a se unirem em defesa da paz, da justiça e da dignidade humana. O grito de “Palestina Livre”, que ecoa nas ruas, nas escolas e nos espaços públicos, é um apelo urgente: por um mundo em que a barbárie seja substituída pela solidariedade, e a opressão, pela liberdade.
Brasília, 02 de junho de 2025
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee)