Diretor da Contee participa do Fórum pela Gestão Democrática das Instituições Comunitárias de Ensino Superior no RS

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Sindicatos como Sinpro/Caxias, Sintep Serra e Sinpro/RS participaram no último sábado (22) da 9ª Reunião Plenária do Fórum pela Gestão Democrática das Ices — Instituições Comunitárias de Educação Superior do Rio Grande do Sul. O diretor da Contee, José Carlos Monteiro, esteve presente no debate, representando a Confederação e o Sinpro Caxias. O encontro ocorreu em Porto Alegre e reuniu professores e estudantes para debater políticas públicas, mercantilização do ensino, reajuste das mensalidades e reivindicações trabalhistas. Ocasião em que debateram temas como políticas públicas, mercantilização do ensino, reajuste das mensalidades e reivindicações trabalhistas. O evento contou com significativa participação de estudantes e de representantes de associações de professores das ICES.

O Fórum foi aberto pela palestra do professor Martinho Luis Kelm, reitor da Unijuí e ex-presidente do Comung,que traçou um panorama das transformações que as Ices vem passando com a redução de programas de financiamento da educação como Fies e Proies, a ampliação de ofertas próprias de financiamento estudantil, a relação das comunitárias com a sociedade, o aumento da competitividade e a gestão das Ices. “Aquelas instituições que não resolveram seus problemas estruturais nesse período de Fies e Proies terão serias dificuldades”, alertou Martinho, falando sobre a redução dos programas e falta de repasse pelo governo. Ele também prevê a redução da oferta de cursos pelas comunitárias, tanto de graduação como de pós-graduação, e o fracasso do Plano Nacional de Educação – PNE diante das novas políticas. Com o avanço de grupos mercantilistas na educação, Martinho avalia que a lógica das comunitárias é incompatível com o paradigma competitivo. “A saída das comunitárias é a blindagem social, por fazer a diferença nas comunidades”, afirmou.

O reajuste das anuidades nas instituições foi o tema abordado diretor técnico do Dieese, Ricardo Franzoi, que mostrou a evolução das mensalidades do ensino básico e superior com a inflação. Segundo ele, “essa evolução tem sido largamente vantajosa para as mensalidades, que ficaram sempre acima”. Estudo do Dieese demonstra que de 1996 a 2015 o reajuste das mensalidades da educação básica foi 41,7% acima dos salários e na educação superior 30,8%.

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Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS, que coordenou os trabalhos do Fórum, destacou a profunda preocupação em relação à compra da Estácio pela Kroton Educacional, anunciada em setembro e que está em avaliação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Por outro lado, a plenária recebeu com satisfação a informação trazida pelo professor Martinho, da Unijuí, da desistência da Estácio em efetivar a abertura do curso de medicina na região de Ijuí, autorizado recentemente pelo MEC.

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Ao final da plenária e após manifestações dos presentes, Fuhr destacou ainda algumas resoluções da reunião:

  • reiterar ao movimento estudantil a importância da participação no Fórum e a disponibilidade do Dieese aconselhar os estudantes nas negociações com as Universidades;
  • o compromisso de ter, em 2017, duas reuniões plenárias do Fórum;
  • que o movimento estudantil possa se fortalecer, se organizar e que todas as instituições comunitárias tenham seus Diretórios Estudantis – DCEs;
  • que as instituições Comunitárias considerem os segmentos internos (professores, técnicos e estudantes) na gestão das suas políticas;
  • reiterar a defesa da manutenção das políticas públicas de inclusão dos estudantes no ensino superior comunitário.

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Com informações do Sinpro/Caxias e do Sinpro/RS

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