Educadores portugueses fazem greve geral

Os trabalhadores portugueses fazem nesta quarta-feira, dia 14 de novembro, uma greve geral de 24 horas. Outras ações acontecem simultaneamente em diversos países da Europa, como Alemanha, Bélgica, Espanha, Itália, França, Reino Unido, Holanda, entre outros.

Segundo o Presidente da FENPROF (Federação Nacional dos Professores de Portugal), Mario Nogueira, “será uma grande jornada de luta para os trabalhadores portugueses, logo, também para os professores: a Greve Geral de 14 de novembro, que converge com a Espanha e também com lutas em muitos outros países europeus”.

A Greve Geral convocada pela CGTP – Intersindical Nacional reafirma 3 pontos fundamentais: 1- Pela resolução dos problemas dos trabalhadores e da economia nacional. Pelo desenvolvimento do País e a defesa da Soberania Nacional; 2-Contra a austeridade, pelo crescimento económico e o emprego; 3- Dizer NÃO ao aumento dos horários de trabalho. Fazer cumprir os Direitos laborais e sociais. Além desses pontos, a FENPROF inclui um quarto, específico: 4- Em defesa da Escola Pública democrática, da qualidade do ensino, da inclusão e dos direitos dos Professores, Educadores e Investigadores.

De acordo com o secretariado da FENPROF, os educadores portugueses sentem os efeitos devastadores das políticas do governo, com sucessivos cortes no orçamento da Educação, aumento do desemprego, instabilidade, agravamento das condições de trabalho e degradação da qualidade do ensino.

Medidas como os mega-agrupamentos, a revisão da estrutura curricular, o aumento do número de alunos por turma ou a continuada perversão e recurso a ilegalidades na fixação das normas de organização dos horários de trabalho dos docentes são apenas algumas das muitas que estão a contribuir para a desvalorização da Escola Pública e do ensino de qualidade.

Face à situação específica que se vive na Educação, os Professores, Educadores e Investigadores:

– Condenam a atual política de terra queimada, desenvolvida pelo MEC (governo) no setor da Educação.

– Rejeitam o anunciado ataque ao Estado social e à Constituição da República Portuguesa, designada de “profunda reforma do Estado”, no âmbito da qual o governo pretende destruir a Escola Pública democrática, inclusiva e de qualidade.

– Repudiam a intenção do MEC de importar modelos organizacionais de sistemas educativos que assentam na segregação, com o encaminhamento de alunos para vias secundarizadas e de menor qualidade.

– Acusam o MEC de provocar a asfixia financeira das instituições de ensino superior, da ciência e da investigação.

– Exigem que seja posto termo a práticas deliberadamente orientadas para, no setor público e no privado, serem despedidos docentes. Como a FENPROF tem repetido, não há Professores a mais, mas, com as atuais políticas e o atual governo, Escola a menos.”

Com informações da FENPROF

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