Junho: O mês das mobilizações

O mês de junho de 2013 entrará para os livros de história pelos dias em que milhares de cidadãos saíram às ruas de todo o país clamando por mudanças. Entre as avaliações de especialistas, a tentativa de cooptação do movimento pela mídia burguesa e pela elite conservadora e a multiplicidade de pautas, a Contee divulgou nota defendendo a mobilização social como agente da transformação do país, ao mesmo tempo em que repudiou todo e qualquer ato de violência, seja por parte de grupos isolados que se infiltraram nas mobilizações ou pela dura repressão policial. Além disso, o Portal publicou a análise feita pela coordenadora-geral, Madalena Guasco Peixoto, intitulada “O movimento político é de disputa”, enfatizando a legitimidade do movimento das ruas e destacando que, no embate de concepções e ideias, precisamos refirmar nossas pautas e mostrar a importância da política e do fortalecimento das instituições democráticas.

Essa crença foi reafirmada na reescrita da história do movimento estudantil em Ibiúna (relembre aqui), da qual a Contee fez parte duplamente. Isso porque a cidade de Ibiúna, em São Paulo, sediou, entre os dias 14 e 16 de junho, o 11º Congresso da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP), após 45 anos do 30º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), realizado em 1968, quando centenas de estudantes foram presos pela ditadura militar. Entre eles estava Augusto Cesar Petta, que na ocasião era presidente do Diretório Acadêmico de Filosofia da Puccamp, entidaderepresentativa dos estudantes dos cursos de História, Geografia, Ciências Sociais, Matemática, Anglo Germânicas, Neolatinas, Filosofia, Pedagogia e Psicologia da Puccamp e que, décadas depois, seria presidente da Contee.

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 Petta foi homenageado no Congresso da UEE juntamente com outros nomes da geração de 1968, tais como Luis Eduardo Curti, ex-presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco; Guilherme Ribas, ex-presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes); morto pelos militares em 1973, na guerrilha do Araguaia; e Neusa Ferreira de Sousa, proprietária do sítio Murundu, local que sediou o 30º Congresso da UNE.

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Além da homenagem aos líderes do movimento estudantil de 68, a Caravana da Anistia do Ministério da Justiça promoveu a Sessão da Comissão Nacional de Anistia aos presos políticos de 64 a 88.

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Foi também por sua crença nas instituições democráticas que a Contee, após intensa mobilização, garantiu a vitória da aprovação do Insaes na Comissão de Educação da Câmara e questionou, no STF, o desrespeito à liberdade de organização sindical pela Justiça do Trabalho (veja os detalhes das arguições de descumprimento de preceito fundamental)

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Além disso, foi por acreditar na mobilização – com ênfase no movimento sindical –, que a Confederação convocou, para junho, uma reunião ampliada do Conselho de Federações para discutir a fusão entre a Kroton e a Anhanguera (recorde aqui)

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Um amplo debate foi realizado sobre as realidades sindical, educacional e até financeira com as transformações vividas a partir da introdução de conglomerados educacionais. Também foi discutido de forma pormenorizada o que de fato acontece nas instituições, uma vez que há diretores sindicais que trabalham nesses estabelecimentos.

O fortalecimento do movimento sindical também foi objetivo do Seminário de Campanha Salarial e Sustentação Financeira, que discutiu, na primeira parte, a valorização dos trabalhadores em educação e, na segunda, a importância do fortalecimento econômico e político e da sindicalização.

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Da redação

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