Manifestantes cantam nas ruas de Porto Alegre em defesa da democracia e do direito de Lula ser candidato

Cerca de três mil manifestantes cruzaram a Ponte do Guaíba, entraram na Avenida da Legalidade e caminharam mesmo debaixo de chuva até o Anfiteatro Pôr do Sol, nas imediações do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), onde foi montado o Acampamento da Democracia pelos movimentos sociais para acompanhar o julgamento do recurso do ex-presidente Lula. Eles cantaram músicas em defesa da democracia e do direito de Lula ser candidato nas eleições deste ano.

“O fundamental de toda essa mobilização é que o povo brasileiro protagonize um processo de resgate da democracia que foi golpeada em 2016”, disse o ex-governador do Rio Grande do Sul Olívio Dutra, que participou da marcha ao lado de integrantes de movimentos que integram a Frente Brasil Popular, como a CUT, o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), Via Campesina e o Levante Popular da Juventude, entre outras organizações.

“Temos que mostrar para a população e o judiciário que não aceitamos a condenação sem provas do Lula e que vamos continuar nas ruas, independente do resultado, em defesa da democracia e dos direitos da classe trabalhadora para barrar as chamadas reformas dos golpistas, como a da Previdência. Se botar pra votar, o Brasil vai parar. Eleição sem Lula é fraude”, afirmou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.

Pouco depois das 8h, os manifestantes chegaram à Avenida Mauá. Próximos da prefeitura, eles cantavam pela liberdade de Lula, para que possa ser candidato nas próximas eleições. Também protestaram contra o governador José Ivo Sartori (MDB) e o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr. (PSDB). “Se a classe trabalhadora não tiver candidato, a eleição é uma hipocrisia”, defendeu João Pedro Stédile, dirigente nacional do MST.

A caminhada seguiu pela Avenida Borges de Medeiros, com rumo à Avenida Ipiranga e com destino final no acampamento.

Julgamento

Nesta quarta-feira (24), em Porto Alegre, a 8ª Turma do TRF-4 decidirá se mantém ou não a condenação a 9 anos e 6 meses de prisão imposta pelo juiz federal Sergio Moro em julho de 2017.

Diversas atividades estão previstas no calendário definido pelos movimentos sociais ao longo da semana:

Segunda – 22 de janeiro

10h – Diálogos Internacionais sobre Democracia, no auditório da Fetrafi-RS (Rua Fernando Machado, 820), no centro da Capital;

18h- Ato de Juristas e Intelectuais em defesa da Democracia, também no auditório da Fetrafi-RS.

Terça – 23 de janeiro

9h – Plenária das Mulheres pela Democracia e pelo Direito de Luta ser Candidato, com as presenças da presidente deposta Dilma Rousseff e da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), dentre outras, no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa do RS.

14h – Ação Global AntiDavos, com a participação dos senadores Paulo Paim (PT-RS) e Roberto Requião (PMDB-PR), do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Edegar Pretto, dentre outros, no auditório Dante Barone na Assembleia Legislativa do RS

16h – Concentração na Esquina Democrática com ato político cultural seguido de marcha até o acampamento, no Anfiteatro Pôr do Sol.

21h – Início da vigília no Anfiteatro Pôr do Sol

Quarta – 24 de janeiro

Vigília e ato público no Anfiteatro Pôr do Sol

Mais informações sobre as atividades podem ser encontradas no site www.comlulaempoa.com.br e na Rede da Legalidade e na Rádio Democracia

Feteesul

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