Não esperem de nós o silêncio dos covardes: A Contee é luta e resistência

‘‘Não esperem de mim o obsequioso silêncio dos covardes. No passado, com as armas, e hoje, com a retórica jurídica, pretendem novamente atentar contra a democracia e contra o Estado do Direito. Se alguns rasgam o seu passado e negociam as benesses do presente, que respondam perante a sua consciência e perante a história pelos atos que praticam. A mim cabe lamentar pelo que foram e pelo que se tornaram. E resistir. Resistir sempre. Resistir para acordar as consciências ainda adormecidas para que, juntos, finquemos o pé no terreno que está do lado certo da história, mesmo que o chão trema e ameace de novo nos engolir.’’

Essas palavras, proferidas hoje (29) no Senado Federal pela presidenta Dilma Rousseff, vão ao encontro de uma das principais resoluções tomadas no último fim de semana pela plenária do 9° Conatee: a defesa intransigente da democracia. ‘‘Lutar e resistir’’ foi o nome escolhido pela chapa unitária eleita para a nova Diretoria da Contee. Chapa que, como brincou o novo coordenador-geral eleito da Confederação, Gilson Reis, que assumirá no dia 3 de outubro, poderia muito bem se chamar ‘‘Fora Temer’’, porque a palavra de ordem que ecoou em todos os dias de Conatee dá a exata dimensão da unidade construída no congresso e exigida pelo momento histórico pelo qual passa o Brasil. Nossa unidade é a da luta e a da resistência.

Essa é a herança do 9° Conatee. Da teses de conjuntura internacional, nacional e educacional; da aprovação do plano de lutas; da reafirmação da bandeira em prol da educação pública e da regulamentação do ensino privado; do lançamento da Campanha Nacional contra a Lei da Mordaça; da exibição de vídeos — incluindo o documentário da Comissão da Verdade da Contee, o vídeo ‘‘Eva viu a uva’’ (peça da campanha contra a mordaça), o curta-metragem Agnus Dei e o documentário contra a censura nas escolas — que denunciaram o paralelo entre o duro período que se seguiu ao golpe de 1964 e a ameaça que se coloca agora. Durante os três dias de Conatee, a Confederação e suas entidades filiadas fizeram o mesmo que a presidenta Dilma: não se calaram; resistimos.

E assim continuaremos.

Da redação

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