OMS sugere ações para ter mais pessoas praticando atividades esportivas

Medida ajudaria a evitar 5 milhões de mortes; estudo revela que um quarto dos adultos não atinge recomendação de 150 minutos de estímulos por semana; agência aponta falta de espaços adequados como uma das razões para o problema.

Uma publicação lançada pela Organização Mundial da Saúde, OMS, defende condições adequadas para a prática de atividades físicas em todo o mundo. As ações sugeridas devem melhorar o bem-estar e mudar o cenário apresentado pela agência.

Estima-se que até 5 milhões de mortes poderiam ser evitadas se a população global fosse mais ativa. Porém, o trabalho aponta os desafios para reverter o panorama, que inclui a falta de espaços adequados e seguros para prática de atividades, assim como os reflexos da pandemia de Covid-19.

Dicas

Em conversa com a ONU News, o mestre em educação física, Camilo Motta, destacou que a OMS orienta que adultos façam pelo menos 150 minutos de atividade moderada a vigorosa por semana. No entanto, ele reforça a importância da frequência e intensidade das atividades empregadas.

“Primeiro é importante que sejam frequentes, então não adianta fazer toda a quantidade em um dia só, tem que distribuir ao longo da semana. Quanto mais vigorosa a pessoa fizer em relação a intensidade do exercício, por exemplo aquela caminhada sendo mais vigorosa, ela não tem a necessidade de fazer a mesma quantidade de volume”.

O educador físico explica que o mais importante é o trabalho cardiovascular, que é mais exigido em determinadas atividades, como subidas.

“Outra possibilidade que as pessoas podem fazer é escadaria. Então, usar a própria escada do prédio vai trabalhar com mais condicionamento, necessitando de menos tempo para realizar a atividade”.

Necessidades

Com o objetivo de aumentar a atividade física em 15% até 2030, o relatório publicado pela OMS incentiva a implementação de ações políticas desenhadas no plano de ação global.

Distante da meta, o documento da agência revela que um quarto dos adultos e quatro em cada cinco adolescentes não são ativos de forma suficiente.

Outro dado destacado é que as mulheres se movimentam menos que os homens, com uma diferença de mais de 8% no nível global.

Ainda de acordo com o estudo, os países de alta renda são menos ativos em comparação com os países de renda média e de baixa renda.

A chefe da Unidade de Atividade Física da OMS afirmou que as ações sugeridas na publicação estão alinhadas com as políticas da agência.  Fiona Bull fornece diretrizes para que todos possam atuar para alcançar uma sociedade mais ativa.

Ela explica que a entidade da ONU está pedindo às indústrias, à sociedade civil e aos governos, bem como às demais agências, que “construam uma visão comum para a criação de sociedades mais ativas através do esporte, caminhada, ciclismo e brincadeiras”.

O estudo aponta três ações essenciais para ajudar a aumentar o engajamento em atividades físicas: buscar parcerias entre setores, construir governança para melhorar programas da área e impulsionar o financiamento.

ONU

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