“Seja qual for o resultado das eleições, vamos viver momentos de dificuldades”, disse Aldo Rebelo no Contee Conta

Dificuldade maior o País vai viver se o atual presidente da República se sagrar vencedor. O ex-ministro aponta que o principal problema nacional é a economia sob Paulo Guedes, que aprofunda a desindustrialização, e o sistema financeiro que impede o desenvolvimento nacional

Nesta terça-feira (27) pela manhã, o Contee Conta recebeu os ex-ministro da Defesa e do Esporte no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Aldo Rebelo, que é candidato ao Senado pelo PDT-SP, para uma conversa sobre os dilemas brasileiros em debate nestas eleições.

Logo na abertura da conversa com o coordenador-geral da Contee, professor Gilson Reis, sob a mediação da jornalista Táscia Souza, Aldo fez uma síntese da situação brasileira e do debate político-eleitoral, que está na reta final.

No próximo domingo (2), os brasileiros vão às urnas para eleger o presidente da República, eleger novos governos de estado, 27 senadores da República, deputados federais, estaduais e distritais, no caso do Distrito Federal.

Sobre o quadro de polarização política despolitizada, o ex-ministro chamou a atenção para o fato de que, “seja qual for o resultado das eleições, vamos viver momentos de dificuldades.”

“Vivemos momento difícil, de impasse econômico. A economia perdeu dinamismo, o País se desindustrializa”. Assim, num quadro desse, a crise social se agrava.

Orçamento público

Aldo chamou a atenção para fato novo no Brasil. “O Congresso domina o orçamento federal”, isto é, “o presidente da República não governa o orçamento há muito tempo”, o que impede o governo, mas por incompetência do chefe do Executivo, de propor políticas públicas para fazer frente à greve crise social porque passa o Brasil.

Há, ainda, anomalia entre os poderes da República. “O Supremo há muito tempo subtraindo atribuições do Poder Executivo”, criticou Aldo.

Ameaça real

“A ameaça real é a política econômica do [ministro da Economia] Paulo Guedes”, disse o ex-ministro. O País vive quadro de “privatização”, que segundo Aldo ameaça o desenvolvimento do Brasil.

A “desindustrialização” é outro fator, ainda segundo o entrevistado, que compromete a inclusão na economia da mão de obra brasileira. “O lucro dos bancos e do sistema financeiro” trava a capacidade de o Brasil avançar, a fim de resolver os problemas estruturais nacionais.

Ameaças irreais

Aldo criticou a forma como o debate político-eleitoral tem sido travado, sob falsas ameaças. De um lado, “a pretensa ‘ameaça comunista’, que um candidato espalha que existe”. De outro, “diz que tem ameaça fascista”, acrescentou.

“O Brasil não vive nem ameaça comunista, nem fascista”, entende o ex-ministro. Na opinião dele, esse debate está fora do eixo. Trata-se, segundo Aldo Rebelo, de “processo de desorientação”.

E essa “desorientação” é “tratada via intolerância”. Ou seja, “o meu lado está certo e acabou, e o outro lado está errado acabou. Não acho isso coisa boa para o Brasil”.

Assista a íntegra da conversa no Contee Conta:

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