Unir a juventude brasileira: “Se o presente é de luta, o futuro nos pertence”

Cristiano LeonEssa frase, de Che Guevara, abriu o manifesto dos jovens brasileiros que se reuniram em plenária preparatória no último fim de semana, em São Paulo, para traçar as manifestações da Jornada de Lutas da Juventude Brasileira, que devem ocorrer entre 25 de março e 1º de abril deste ano em todo o país. A Contee participou do encontro, representada pelo diretor da Plena Cristiano Leon Martins, que integra a Secretaria de Políticas Sociais (na foto, de camiseta vermelha, ao lado de Renan Santos, que representou o Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Sorocaba).

Um dos desafios, segundo as lideranças estudantis, é mobilizar os jovens que tiveram acesso ao ensino superior por meio das políticas sociais dos últimos anos, mas que não têm participação política devido às condições econômicas precárias.

“Para enfrentar a crise é preciso incorporar a juventude ao desenvolvimento do país. Incluir o bônus demográfico atual exige uma política econômica soberana que valorize o trabalho, a produção, o investimento e as políticas sociais, e não a especulação. Esse é o melhor cenário para tornar realidade os direitos que queremos aprovados no estatuto da juventude”, diz um trecho do manifesto do movimento, que pode ser lido na íntegra aqui.

Entre os temas do movimento está o investimento de 10% do PIB brasileiro na educação pública, além de 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal. Outra pauta é o combate à violência e extermínio da população jovem e negra no Brasil, principalmente nas periferias das grandes cidades, o trabalho decente para a juventude brasileira urbana, com garantia de todos seus direitos e a possibilidade de adequação das suas atividades à formação educacional e cultural, assim como a reforma agrária para o pleno desenvolvimento dos jovens nas zonas rurais.

A juventude também está em pela democratização dos meios de comunicação no país, questionando o monopólio dos grandes grupos econômicos e promovendo as novas alternativas de redes e conhecimento livre, rádios e TVs comunitárias, novas mídias e internet. Conforme o manifesto, “iniciamos aqui uma caminhada de unidade e luta por reformas estruturais que enterrem o neoliberalismo e resguardem a nossa democracia dos retrocessos que pretendem impor os monopólios da mídia, ou golpes institucionais como os que ocorreram no Paraguai e em Honduras”.

Da redação, com informações da Rede Brasil Atual

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