Anglo/COC encerra atividades em Campinas, Americana e Vinhedo

O Anglo Campinas não conseguiu cumprir as promessas feitas a pais, alunos e professores e fechou nesta semana a unidade de Barão Geraldo, a única que teria possibilidades de continuar funcionando. Apenas um funcionário da secretaria e um guarda permanecem no prédio de Barão Geraldo para entregar o histórico escolar e o certificado de conclusão dos alunos para que possam se matricular em outras escolas onde o ano letivo já teve início na última segunda-feira (28).

Nesta sexta-feira (1º), o Ministério Público do Trabalho realizará uma audiência entre o Sinpro Campinas, como representante dos professores e os mantenedores do Anglo, para que a Instituição entregue os Termos de Rescisão de Contrato de Trabalho (TRCT) de todos os demitidos das unidades do Cambuí, Taquaral, Barão Geraldo, em Campinas e de Americana.

Depois disso o sindicato entrará com pedido na Justiça do Trabalho para que sejam concedidos alvarás para que todos os professores possam sacar o Fundo de Garantia e ingressar com o pedido de Seguro Desemprego, somente no caso dos que não estão empregados em outras escolas. “Nós, professores, estamos sem receber salário desde dezembro, não recebemos a PLR em outubro, o 13º em novembro e dezembro e para quem tinha só as aulas das unidades Anglo, a situação ficou muito complicada”, desabafou Cláudio Jorge, presidente do Sinpro Campinas e professor do Anglo Taquaral

Demissão em massa

Em dezembro do ano passado o Anglo/COC anunciou, às vésperas do encerramento do ano letivo, o fechamento das unidades do Taquaral e do Cambuí em Campinas e demitiu cerca de 50 professores sem pagar os salários de dezembro o 13º salário e as verbas rescisórias a que teriam direito. Em audiência com o Ministério Público do Trabalho em dezembro do ano passado, os mantenedores do Anglo haviam se comprometido a pagar em três parcelas o 13º salário, o salário de dezembro e a PLR dos professores que continuaram com vínculo, ou seja os de Barão Geraldo e Vinhedo. As parcelas de 20 de dezembro e 20 de janeiro venceram e nada foi pago, desrespeitando o acordo feito junto ao MPT.

Com as demissões realizadas desde 2010, já são mais de 200 professores demitidos sem receber um único centavo. Condenado já em três processos movidos pelos Sinpros Campinas e Valinhos/Vinhedo, o Anglo/COC pretendia manter abertas em 2013 as unidades de Barão Geraldo e de Vinhedo, o que não se concretizou.

Tragédia anunciada

A gestão desastrosa do Anglo/COC vinha sendo denunciada pelo Sinpro Campinas desde 2008. Mesmo assim o grupo seguiu inaugurando novas unidades e dando “calote” em professores e alunos, que recebiam cópias e não os originais do material didático pago mensalmente.

O Sinpro Campinas já está tomando as medidas legais cabíveis contra a mantenedora e agora vai ingressar com nova ação coletiva para garantir que os demitidos recebam as verbas rescisórias e tenham acesso ao saldo do FGTS e ao seguro desemprego.

Do Sinpro Campinas

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