UEMG aprova cotas para pessoas trans e travestis nos cursos de graduação EaD

Universidade se junta a um número crescente de outras instituições que aprovaram a medida

Em uma decisão histórica, a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) deu um importante passo na construção de uma política institucional voltada à inclusão de pessoas trans no ensino superior público no Brasil.

A 6ª reunião do Conselho Universitário de 2025, realizada na quinta-feira (11), terminou com a aprovação da reserva de vagas para pessoas trans e travestis nos cursos de graduação ofertados na modalidade a distância.

“A deliberação ocorre em um contexto nacional de mobilização sobre o tema. Recentemente, a Reitoria da UEMG recebeu uma moção aprovada no 68º Conselho Nacional do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), que defende a implementação de ações afirmativas específicas para essa população em universidades, institutos federais e CEFETs”, apontou, em nota, a universidade.

O documento é categórico ao apontar que pessoas trans e travestis enfrentam barreiras históricas no sistema educacional, refletidas em altos índices de evasão escolar, baixo acesso ao ensino superior e forte exclusão do mercado formal de trabalho.

Os detalhes sobre a distribuição das vagas e critérios das vagas reservadas serão divulgados em breve no edital do Vestibular EaD 2026 da UEMG.

Reparação

Nas redes sociais, o público comemorou a decisão, que agora coloca a Uemg em uma lista que tende a crescer entre as universidades brasileiras.

“As cotas trans nunca foi e nunca serão privilégio, é apenas para garantir o acesso à educação para essas pessoas, visto que somos HISTORICAMENTE abandonadas pela sociedade, sofrendo preconceito, sendo expulsas de casas, sendo violentadas e assassinadas. Algo que é estrutural. Isso é inclusão e justiça social”, afirmou Jhenyfer Amorim.

Maurício Oliveira, na mesma linha, apontou que esse é o “início de uma política que vai mudar várias vidas da nossa comunidade”.

“Políticas públicas, equidade, justiça social!!! Eis a UEMG!!!”, sinalizou Jhenny Silva.

Outras universidades com cotas trans

As primeiras cotas trans foram criadas em 2018 na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Hoje, no Brasil, 14 universidades federais e cinco universidades estaduais contam com a modalidade. Confira:

Federais:

Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB);

Universidade Federal da Bahia (UFBA);

Universidade Federal do ABC (UFABC);

Universidade Federal do Rio Grande (Furg);

Universidade Federal de Lavras (Ufla);

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC);

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM);

Universidade Federal de São Paulo (Unifesp);

Universidade Federal Fluminense (UFF);

Universidade de Brasília (UnB);

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ);

Universidade de Rondônia (Unir);

Universidade Federal do Sergipe (UFS);

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio)

Estaduais:

Universidade do Estado da Bahia (Uneb);

Universidade de Feira de Santana (UEFS);

Universidade do Estado do Amapá (Ueap);

Universidade Estadual da Paraíba (UEPB);

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb)

Editado por: Ana Carolina Vasconcelos

Fonte
Brasil de Fato

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