Em defesa da Petrobras, movimentos realizam ato em Brasília
Nesta terça-feira (11), os movimentos sociais e centrais sindicais se unem mais uma vez em defesa da democracia, da Educação e da Petrobras em ato público no Senado, em contraponto ao avanço do projeto José Serra, que altera as regras de partilha do Pré-Sal.
O projeto de Serra, que derruba a participação mínima de 30% da estatal na exploração do pré-sal, terá sua comissão especial criada nesta quarta-feira (12), devendo ser votado em meados de setembro.
O que mais preocupa os movimentos é o fato de, se aprovado, o projeto provocar uma perda R$ 100 bilhões para o Fundo Social, e com isso a educação deixará de receber R$ 50 bilhões, já que pela atual legislação 50% dos recursos do fundo destinam-se ao setor.
A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, reforçou a defesa da Petrobras e garantiu que quem está disposto a manchar o nome da Petrobras visa fragilizar o Brasil. Segundo ela, a UNE sempre esteve ao lado da democracia. Além disso, Carina garantiu que a entidade pretende defender a Petrobras para garantir que as riquezas da empresa continuem colaborando com a educação do país.
“As denúncias que estão sendo feitas em relação à empresa precisam ser apuradas e não podem manchar sua reputação. Quem quer tornar a Petrobras mais frágil, está indo contra o Brasil e tentando enfraquecer o país”, afirma.
Participam da organização do ato em Brasília, a União Nacional dos Estudantes (UNE), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Federação Única dos Petroleiros (FUP), Federação de Sindicatos de Trabalhadores, Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior (Fasubra), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura (Contag), pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Petrobras.
Agosto de mobilizações
Agosto será um mês marcado por diversas mobilizações. Os movimentos sociais do campo e da cidade estão convocando seus integrantes a participarem dos atos do dia 20 de agosto, em todo o Brasil. Partidos políticos como o PCdoB e o PT aderiram ao movimento.
Outras mobilizações estão na agenda como a Marcha das Margaridas, que acontece nos dias 11 e 12. No dia 14, próxima sexta-feira, o Ato Nacional da Educação, que faz parte da abertura do Seminário Pátria Educadora – Plano Nacional de Educação, contará com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O evento será realizado a partir das 18 horas, no Centro de Convenções Brasil 21.
