Epidemiologista denuncia desinformação e falha no enfrentamento à pandemia

O epidemiologista Rodrigo Said responsabilizou o governo federal, presidido por Bolsonaro, pela desinformação e falha no enfrentamento à pandemia no país. “É direito de nossa população saber o que aconteceu e quais os responsáveis pela situação a que chegamos”, afirmou, durante o programa Contee Conta transmitido nesta segunda-feira, 7, na rede social da Confederação. Gilson Reis, coordenador-geral da Contee, que também participou do programa mediado pela jornalista Táscia Souza, enfatizou que “o presidente Bolsonaro, com sua política genocida, é o principal responsável pelas quase 500 mil vidas ceifadas pela pandemia e a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada pelo Senado deve responsabilizá-lo criminalmente”.

Rodrigo, que é consultor nacional da Organização Panamericana de Saúde (Opas) e foi subsecretário de Vigilância em Saúde de Minas Gerais e coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses, considerou que “a desinformação é um processo grave em qualquer epidemia, e no Brasil falta coordenação do Ministério da Saúde. O cenário é complexo e, infelizmente, o Governo Federal tem responsabilidade na desinformação sobre o enfrentamento à pandemia e na aquisição das vacinas”.

Abordando a volta às aulas presenciais, o epidemiologista, que participou do programa de Boa Vista (RR), onda se encontra, lembrou que “a Educação é um direito fundamental, uma forma de enfrentar as desigualdades. Mas é necessário ter mais segurança para o retorno às aulas presenciais. Os protocolos nem sempre são respeitados – e nem sempre há condições de respeitá-los. As dificuldades se agravam. Temos uma porcentagem pequena da população vacinada; mesmo assim, as cidades estão voltando à normalidade, com pequenos regramentos sanitários. O Brasil está indo para a quarta onda da pandemia, e a sucessão sempre foi de ondas maiores e em intervalos menores. Um cenário bastante preocupante. Sem coordenação, sem comando nacional, não sabemos no que vai dar, quando e como sairemos da pandemia. Sem mobilizar a população, será difícil alterar para melhor o atual quadro”.

Assista à íntegra deste Contee Conta sobre a relação entre as aulas presenciais e a terceira onda da Covid-19.

Carlos Pompe

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