Federação Brasil da Esperança propõe revogar reforma trabalhista e teto de gastos

Após ter sido oficialmente registrada nesta segunda-feira (18), a Federação Brasil da Esperança, que reunirá PT, PCdoB e PV, divulgou o programa e o estatuto que nortearão suas ações e seu funcionamento.

Entre os pontos de destaque, a federação partidária incluiu a defesa da revogação da reforma trabalhista e do teto de gastos em sua carta-programa.

O documento final foi redigido em reunião que começou no sábado (16) e terminou no domingo (17) com representantes dos partidos.

O programa aponta que a federação “nasce como expressão do anseio de grande parcela do nosso povo pela inadiável superação da profunda crise social, econômica e política em que o Brasil se encontra”.

“O imenso sofrimento e a falta de perspectiva da maioria da população é fruto de políticas neoliberais e autoritárias, aprofundadas por um governo que mantém sob ameaça constante a Constituição e o próprio sistema democrático em nosso país”, diz o texto.

“Os Partidos democráticos e progressistas que compõem a Federação Brasil da Esperança defendem a revogação da contrarreforma trabalhista feita no governo Temer e a implementação de uma nova reforma trabalhista construída a partir da negociação tripartite, que proteja os trabalhadores, recomponha direitos, fortaleça a negociação coletiva e a representação sindical, com especial atenção aos trabalhadores informais e de aplicativos. Além disso, também se impõe a necessidade de repensar o modelo previdenciário do país, sua ampliação, cobertura e financiamento”, diz o texto do programa.

Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, a opção por adotar o termo “revogação” teve o apoio do diretório nacional petista, embora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato do partido à Presidência neste ano, reconheça entraves para a iniciativa.

Um documento preliminar indicava o termo “revisão” da reforma trabalhista.

Em entrevistas, ele tem afirmado que pretende retomar direitos que foram extintos. O petista também tem dito que é a favor da valorização do papel dos sindicatos e de uma legislação que inclua trabalhadores de aplicativos.

Ao participar de um evento com sindicalistas na semana passada, Lula afirmou, ao citar as condições dos trabalhadores por aplicativo e a “contrarreforma” trabalhista espanhola, que é preciso adaptar uma nova legislação à realidade atual. “Não queremos voltar para trás”, disse.

No sábado, os dirigentes do PT, PCdoB e PV bateram o martelo e decidiram também encampar a defesa da revogação do teto de gastos.

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