Hacker diz que Zambelli pagou R$ 40 mil pela invasão dos dados do Judiciário

De acordo com o advogado, o hacker apresentou provas “relacionadas a pagamentos que ele recebeu da deputada” e citou mais pessoas envolvidas

O advogado do hacker Walter Delgatti, Ariovaldo Moreira, disse que o seu cliente declarou à Polícia Federal (PF) que recebeu R$ 40 mil da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para que ele invadisse qualquer sistema do poder judiciário.

Preso no mês passado pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Delgatti depôs nesta quarta-feira (18) à PF.

De acordo com o advogado, o hacker apresentou provas “relacionadas a pagamentos que ele recebeu da deputada” e citou mais pessoas envolvidas.

“Ele faz provas de que recebeu valores da Carla Zambelli. Segundo o Walter, o valor chega próximo a R$ 40 mil. Foi próximo a R$ 14 mil em depósito bancário. O restante, em espécie. [Para] invadir qualquer sistema do Judiciário”, explicou o defensor.

A pedido de Zambelli, ele inseriu no sistema do CNJ onze alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) e um mandado de prisão assinado por Alexandre de Moraes contra si mesmo.

No mandado falso, Moraes determinava: “Diante de todo o exposto, expeça-se o competente mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L”.

Delgatti, que ficou conhecido nacionalmente por vazar as conversas de procuradores da Lava Jato, a Vaza Jato, já havia contado à PF que foi levado pela parlamentar até o ex-presidente Bolsonaro.

Na ocasião, ele teria sido questionado sobre a possibilidade de invadir as urnas eletrônicas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Delgatti vai depor nesta quinta-feira (17) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga os atos golpistas do 8 de janeiro, a CPMI do Golpe.

O requerimento de convocação é de autoria dos deputados Rogério Correia (PT-MG) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

Do Portal Vermelho

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