Maioria das faculdades de Direito não aprova metade dos alunos no Exame da OAB

A maior parte das instituições de ensino de Direito no Brasil não aprovou metade de seus alunos no primeiro exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) deste ano, revela o relatório de desempenho das instituições no 10.º Exame de Ordem Unificado, divulgado nesta terça-feira, 29. Entre as instituições com melhor desempenho, estão a Universidade de São Paulo (USP), com 76,84% de aprovados, e a Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com 71,11% de aprovados.

Entre os 124.914 inscritos nessa edição do exame, 120.944 estiveram presentes na primeira fase. O número total de aprovados foi de 33.954, um percentual de 28,07% de aprovação (calculado com base no número de candidatos presentes no exame). Segundo a OAB, os resultados das instituições por área será divulgado até o fim de outubro.

Confira aqui o lista

Segundo o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coêlho, as instituições que têm os melhores desempenhos no exame são aquelas que geralmente tiveram os melhores desempenhos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). “Esses dados vão ao encontro do que a OAB vem afirmando de que o acréscimo do numero de faculdades de Direito não acompanha a qualidade. Em 20 anos, o número de cursos de Direito saltou de 200 para 1.300. O Brasil tem mais faculdade de Direito que o restante do mundo junto.”

No entanto, Coêlho pondera que o porcentual de aprovação de cada faculdade não está diretamente ligado à qualidade das faculdades porque, por decisão do Tribunal Regional da 2.ª Região, os alunos do último ano do curso também podem prestar o exame da ordem. “São pessoas que vão se formar ainda, que estão em processo de formação. Isso pode contribuir para o índice negativo.”  Para ele, é preciso estabelecer novas diretrizes curriculares para o Direito e regular a qualidade dos cursos, fechando aqueles que não têm qualidade. “Queremos profissionais de Direito qualificados, porque, com essa má formação dos alunos, o principal prejudicado é o cidadão”.

Do Estadão

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