Professores uruguaios fazem greve por educação democrática

Professores uruguaios protestam contra o corte e exigem um projeto educacional democrático

por Pablo Jofre Leal

Os professores uruguaios iniciaram nesta quarta-feira, 18 de agosto, uma greve com mobilização para exigir mais verbas no orçamento em votação no Parlamento, liberdade sindical e um projeto educacional democrático.

A Coordenadora dos Sindicatos da Educação do Uruguai (Ceseu) convocou manifestação na Praça 1º de Maio, em frente ao Palácio Legislativo, com a adesão de diversos sindicatos de professores.

Sobre as manifestações, a secretária-geral da Federação Uruguaia de Professores (FUM), Elbia Pereira, destacou que “o orçamento da educação não contempla de forma alguma a recuperação do salário que perdemos desde 2020”.

Além disso, ela acrescentou que os recursos alocados por criança neste ano foram 4% menores do que no período anterior e há cerca de 1.000 grupos de alunos com problemas de superlotação.

Os professores também se manifestam contra a privatização da educação, segundo divulgou a Federação dos Professores do Ensino Médio (Fenapes), onde algumas lideranças enviaram mensagens que a reiteraram.

Da mesma forma, alertaram sobre uma campanha das autoridades da Administração Nacional de Educação Pública (ANEP) contra o sindicato, por meio de investigação parlamentar que busca informações sobre a justificativa do horário sindical durante o último Governo da Frente Ampla.

A Fenapes garantiu que outras mobilizações podem ocorrer nos próximos dias, relacionadas às reformas que o presidente da ANEP, Roberto Silva, anunciou que seriam realizadas em 2022 e 2023.

Além dos professores, a Praça 1º de Maio receberá também participantes da greve simultânea da Federação dos Funcionários do Estado (COFE), sob o lema “em defesa dos serviços estaduais e contra o reajuste” e pela recuperação dos salários perdidos linhas.

Enquanto isso, a Federação das Autoridades de Saúde Pública (FFSP) se mobiliza por salários dignos, atenção primária de qualidade e demandas para que a Administração Estadual de Serviços de Saúde não enfraqueça o ente público em resposta às pressões corporativas.

Telesur TV

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