Queremos Copa, saúde, educação e fim do trabalho infantil

A data desta quinta-feira (12) entrará para a história do Brasil. Afinal é a abertura da Copa do Mundo no país, após 64 anos da realização da Copa 1950. Além do jogo de abertura do megaevento ocorrer em São Paulo na Arena Corinthians, o 12 de junho é o Dia dos Namorados e mesmo que a data seja uma invenção do capitalismo para o comércio, os corações enamorados comemoram a data com amor.

A data também é marcada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. E aproveitando o clima de discussão perpetrado pela realização da Copa do Mundo no Brasil, o Fundo Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) em parceria com a OIT e com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançaram mundialmente nesta quarta-feira (11) a campanha Todos Juntos Contra o Trabalho Infantil para erradicar da face da Terra essa chaga.

A OIT vê o Brasil como um exemplo no trabalho de erradicação do trabalho infantil. Mesmo assim insiste na importância de se avançar mais nesta questão e lança a campanha Cartão Vermelho para o trabalho Infantil, bem no clima da festa do futebol.
“Um cartão vermelho para o trabalho infantil é um cartão verde para a educação, pois um dos motivos para que milhares de crianças no Brasil não frequentem a escola é o ingresso precoce no mercado de trabalho. A educação de qualidade é a chave para uma infância digna”, afirma Maria de Salete Silva, do Unicef.

No Brasil a Constituição de 1988 proibiu a exploração do trabalho até os 14 anos de idade. De 14 a 16 só é permitido trabalhar como aprendiz e em meio período. Entre 16 e 17, o jovem pode começar a trabalhar, mas sem prejuízo aos estudos. Mesmo assim a prática persiste, embora venha diminuindo sensivelmente com os programas governamentais e campanhas de esclarecimento. E agora se discute formas de combater com mais rigor essa prática que prejudicam o desenvolvimento saudável das filhas e filhos da classe trabalhadora.

A realização da Copa 2014 e da Olimpíada 2016 no Rio de Janeiro empoderaram ainda mais a questão no país como muitas outras. Por isso, a CTB levanta as bandeiras de valorização do esporte como parte integrante do sistema educacional para que as crianças e jovens brasileiros cresçam com saúde e proteção do Estado, da família e da sociedade. Afinal criança não trabalha, criança estuda e se diverte com segurança e paz.

Da Direção da CTB

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