Sinpro-AL: Assédio virtual, a nova ameaça no ambiente de trabalho

Ambientes de trabalho sob nova ameaça. Ataques por meio de mídias digitais. Do mundo real, o assédio surge com outro formato e acessa o universo online. O perigo recebe o nome de assédio virtual, que pode ser moral ou sexual, e já causa preocupação. Tanto no espaço físico quanto no digital, os danos provocados aos trabalhadores têm a mesma proporção. Algumas vítimas denunciam. Outras temem contar que sofrem com a situação. As denúncias feitas estão sendo investigadas. Como medidas de proteção, códigos são criados.

O presidente do Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro/AL), Eduardo Vasconcelos, afirma que o assédio virtual é uma realidade entre a categoria e vê com preocupação a quantidade de vítimas deste crime. “O assédio virtual é como se fosse uma pistola que pode desencadear seríssimos problemas psicológicos”, disse Eduardo Vasconcelos, que descreveu como esta nova realidade afeta o ambiente de trabalho dos professores.

A psicóloga Fernanda Medeiros Chianca disse que o termo assédio virtual é novo, mas as suas consequências não. “Por se tratar de crime um crime que já ocorre em outros âmbitos, o assédio acabou migrando também para o mundo virtual onde os agressores acreditam na impunidade de seus atos”, disse Fernanda Medeiros.

Fernanda Medeiros disse que o assédio real e o online provocam os mesmos danos. “Vai depender muito de como a vítima se enxerga na situação, e qual a perspectiva ela tem de sair da situação. As vítimas costumam mudar seu comportamento, passam a ficar mais introspectivas, faltam mais e passam a evitar seus agressores e ficam visivelmente desconfortáveis na presença deles”, disse a psicóloga. “Por se tratar de uma violência, a pessoa afetada, sente-se muitas vezes culpada por algo que não tem responsabilidade. Tais sentimentos podem desencadear desmotivação, crises de ansiedade, isolamento social, doenças psicossomativas e transtornos psicológicos”, acrescentou a psicóloga.

A psicóloga disse que já atendeu vítimas de assédio virtual. “Um das vítimas apresentou um quadro de ansiedade muito intensa e de depressão. O tratamento teve como base o acolhimento de seu sofrimento psíquico, na psicoeducação que é a conscientização dos seus direitos e no crime ao qual ela foi vítima, para que ela conseguisse se libertar do sentimento de culpa e dos outros sintomas que surgiram com a violência”, disse. “É importante salientar que as vítimas não estão sozinhas para enfrentar essa violência, que ela pode buscar apoio e ajuda profissional. O importante é ela não se calar”.

Confira a reportagem completa

Do Sinpro-AL

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