Sinpro Macaé e Região: Sindicato questiona Prefeitura sobre exclusão de professores em plano de vacinação

Foram incluídos, apenas, educadores de creches a partir de 59 anos que moram na cidade e, em sua maioria, das instituições privadas

A Prefeitura de Macaé anunciou na segunda-feira, 31, o plano de vacinação para os profissionais da educação pública e privada, a partir do dia 09 de junho. Porém, apenas os profissionais da educação das creches com a idade a partir de 59 anos serão contemplados.

Para o Sindicato dos Professores de Macaé e Região (Sinpro) este anúncio está bem abaixo da expectativa necessária para imunizar a categoria. “Isso nos faz questionar o real compromisso do prefeito Welberth em imunizar os profissionais da educação, os professores e demais funcionários da educação”, relata Guilhermina Rocha, presidente do Sinpro.

Diante disso, o Sindicato questiona a Prefeitura qual o critério utilizado para um plano de vacinação apenas a um grupo destes profissionais, com uma determinada faixa etária e por que a decisão de atender, em sua maioria, as creches privadas?

Outro ponto questionado pelo Sinpro é o porquê somente os profissionais da educação que moram em Macaé terão direito à vacina, já que o Município absorve profissionais de outros lugares.

Para Guilhermina Rocha, presidente do Sinpro Macaé e Região, o ideal é que todos os profissionais da educação sejam vacinados.

“O anúncio da Prefeitura reflete uma tentativa de confundir a população e não mostra o real compromisso com a imunização e a defesa da vida de nossos professores, funcionários e alunado. Estamos diante da maior crise sanitária das últimas décadas e precisamos estar afinados com a Organização Mundial de Saúde, Fiocruz, Universidade Federal Fluminense e outras instituições que validam os protocolos científicos. Isso é muito sério. Queremos que todos os profissionais da educação sejam vacinados, só assim conseguiremos retornar às aulas presenciais com alguma segurança”, afirmou.

Posicionamento contra a volta das aulas em Rio das Ostras sem vacina para comunidade escolar

Mais uma vez, o Sindicato dos Professores de Macaé e Região reforça a posição clara, em comunhão com a ciência, de que é contra o retorno das aulas presenciais nas escolas antes que todos os profissionais da educação sejam vacinados contra a Covid-19. O governo municipal do prefeito Marcelino Borba, em Rio das Ostras, publicou o decreto nº 2902 na última sexta-feira, dia 28, definindo a retomada das aulas nas escolas privadas e municipais a partir de 7 de junho.

Desde o ano passado, o Sinpro Macaé e Região se posiciona contrário ao retorno durante a pandemia sem garantia de que seja seguro para todos trabalhadores, alunos, famílias e comunidade escolar. O Sindicato encaminhou para o Ministério Público do Trabalho (MPT), denunciando os riscos de contágio sem a vacinação.

O próprio secretário de Educação de Rio das Ostras, Maurício Santana , em recente audiência realizada em 19 de março com diretores do Sindicato, afirmou que é favorável à vacinação dos profissionais da educação. Porém, ressaltou que a Secretaria de Educação depende do planejamento da área de Saúde, que segue o Plano Nacional de Imunização (PNI).

O Sindicato quer que a Prefeitura de Rio das Ostras encabece a luta para defender a inclusão dos trabalhadores da Educação no grupo prioritário da vacinação, já autorizado pelo Ministério da Saúde.

A presidente do Sindicato, Guilhermina Rocha, afirma que a posição do Sinpro Macaé e Região é de contrariedade ao retorno porque a doença é fatal e não há condições de uma retomada presencial das aulas sem a imunização de toda comunidade escolar.

“A preocupação do Sindicato é de que os professores voltem às salas de aula sem vacina. Se fosse uma ou duas escolas, apenas, seria mais fácil de controlar. Mas é uma estrutura muito grande. Nós estamos defendendo que vacine todos os funcionários e alunos porque eles ficam misturados e isso aumenta significativamente o contágio do Coronavírus”, alerta.

Guilhermina ainda afirma que “o mais prudente é esperar e imunizar os trabalhadores antes do retorno das aulas presenciais. É melhor aguardar mais um pouco para o retorno seguro. Mais de 460 mil brasileiros já morreram. É uma doença cruel e terrível. Não dá para brincar com a saúde dos docentes e estudantes. Precisa ter o entendimento científico e a responsabilidade para não colocar vidas em risco”, conclui.

Assembleia

O Sinpro Macaé e Região realizará uma Assembleia Geral Extraordinária Virtual Unificada no sábado, dia 5, às 10h30 pelo aplicativo “Google Meet”.

Serão debatidos os seguintes temas: Condições de trabalho necessárias para o restabelecimento das atividades presenciais; Deliberação sobre a conveniência de paralisação das atividades em defesa da saúde dos trabalhadores, da vida e do emprego, caso os representantes governamentais autorizem o retorno às aulas.

Para participar os professores e professoras deverão até o dia 04 de junho de 2021 (sexta-feira), até às 20 horas, solicitar a sua inscrição para o e-mail: assembleia.sinpromacae@gmail.com, informando nome completo, CPF, Identidade, instituição que trabalha, telefone para contato, após confirmarmos os dados, enviaremos o LINK pessoal e intransferível para a participação.

Do Sinpro Macaé e Região

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