Sinpro/Caxias: Negociações salariais continuam esta semana – sindicatos em alerta!

Os sindicatos dos professores do ensino privado gaúcho tiveram o terceiro encontro com o sindicato patronal (Sinepe/RS), na última terça-feira (28), em Porto Alegre. As duas câmaras de negociação, uma da educação básica e outra da superior debateram suas pautas específicas, com a participação de representantes do Sinpro/Caxias.

Tanto na reunião da educação básica, quanto na superior, os professores questionaram os representantes das instituições de ensino acerca das reivindicações apresentadas até o momento. A pauta de reivindicações foi fundamentada e defendida nas duas primeiras reuniões e já seria momento para uma manifestação dos representantes do Sinepe/RS. Mas, até agora, apenas houve troca de argumentos e exercícios de negociação.

O fato novo e que acende uma luz de alerta para os professores é a intenção expressa das instituições de ensino em retirar da Convenção Coletiva a obrigatoriedade de que as rescisões de contrato sejam feitas no sindicato dos professores. Essa é uma garantia que os docentes têm de serem acompanhados pelo seu sindicato no momento mais crítico de sua vida profissional, o de sua demissão.

Atualmente as homologações são feitas com um acompanhamento especializado que ampara os trabalhadores e confere a lisura de todos os itens, garantindo que os direitos estão sendo respeitados e que as verbas rescisórias estão sendo pagas corretamente aos professores. Prejuízos expressivos aos docentes são barrados diariamente. Invariavelmente, os “equívocos” nos cálculos que chegam ao sindicato são em desfavor dos trabalhadores.

A intenção dos representantes das instituições de ensino é fazer as rescisões diariamente no local de trabalho, sem a presença do sindicato, deixando os professores desprotegidos. É importante considerar que poucos conhecem o detalhamento dos cálculos que precisam ser feitos e isso é compreensível, devido à complexidade da matéria.

Algumas perguntas não podem ficar sem resposta: por que as instituições de ensino querem retirar o direito de assistência aos professores? Existe um interesse econômico nessa reivindicação patronal?

O fato é que os sindicatos dos professores estão determinados a não permitir que essa intenção do Sinepe/RS prospere. Retirar o acompanhamento dos sindicatos das homologações é abrir as portas para a esperteza, para aqueles que querem fraudar as verbas recisórias e sonegar os direitos dos trabalhadores demitidos.

Nesta terça-feira, dia 3 de abril, as negociações terão continuidade.

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