Sinproep-DF repudia ação do Colégio Militar de Brasília contra professor

O Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal – Sinproep-DF, em nota, repudia a decisão do Colégio Militar de Brasília de afastar da sala de um professor de História que, no uso da sua liberdade de cátedra,  medida que afronta o Estado de Direito  garantido pela Constituição da República do Brasil.

A instituição puniu o professor com suspensão do contrato de trabalho por ter criticado no decorrer de sua  aula virtual de exposição dialogada, a  violência policial nos protestos de domingo, em São Paulo, em que procurava mostrar o contexto da disparidade da ação da polícia em relação a duas manifestações. Uma em favor de Bolsonaro e outra em defesa da democracia.

A aula de geografia para o nono ano do Ensino Fundamental aconteceu por meio de uma live projetada em um quadro as imagens de violência policial, o professor falou da diferença de tratamento da polícia com manifestantes pró e contra o governo Bolsonaro.

O professor fez a exposição das duas situações distintas, para que os alunos refletissem sobre a situação atual da democracia no Brasil e “em que mundo de escuridão a gente está se metendo” que em seu entendimento esses acontecimentos remetem ao “fascismo”.

A exposição do docente procurava projetar um quadro da diferença da atitude da polícia, em dois contextos distintos, como forma de construir um pensamento crítico nos alunos, o que não justifica a atitude desmedida da direção do Colégio, de franco desrespeito à liberdade do professor na sala de aula. Afinal, “a função do professor não é ditar pensamento, mas ensinar a pensar”.

Acesse a íntegra da Nota de Repúdio

Do Sinproep-DF

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