Valor da cesta básica aumenta em todas as capitais e em SP vai a R$ 803,99

O trabalhador compromete em média, em abril de 2022, 61% do salário mínimo

Os preços dos alimentos básicos não param de subir do desgoverno Bolsonaro e em abril, a cesta básica medida pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), na pesquisa realizada mensalmente, as altas mais expressivas ocorreram em Campo Grande (6,42%), Porto Alegre (6,34%), Florianópolis (5,71%), São Paulo (5,62%), Curitiba (5,37%), Brasília (5,24%) e Aracaju (5,04%). A menor variação foi observada em João Pessoa (1,03%).

São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 803,99), seguida por Florianópolis (R$ 788,00), Porto Alegre (R$ 780,86) e Rio de Janeiro (R$ 768,42).

Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das demais capitais, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 551,47) e João Pessoa (R$ 573,70).

Em doze meses, entre abril de 2022 e abril de 2021, todas as capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 17,07%, em João Pessoa, e 29,93%, em Campo Grande.

O Dieese compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social. O trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em abril de 2022, 61,00% do rendimento para adquirir os produtos da cesta, mais do que em março, quando o percentual foi de 58,57%. Em abril de 2021, quando o salário mínimo era de R$ 1.100, o percentual ficou em 54,36%.

Considerando a cesta mais cara, que, em abril, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima que em abril de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.754,33, ou 5,57 vezes o mínimo de R$ 1.212.

Em março, o valor necessário era de R$ 6.394,76, ou 5,28 vezes o piso mínimo. Em abril de 2021, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.330,69, ou 4,85 vezes o mínimo vigente na época, de R$ 1.100.

No acumulado dos últimos 12 meses, também foram registradas elevações em 12 dos 13 produtos da cestatomate (125,26%)batata (78,62%)café em pó (74,08%)açúcar refinado (44,26%), óleo de soja (31,82%)manteiga (23,09%)farinha de trigo (20,12%)leite integral (19,83%)banana (16,35%)pão francês (15,86%)feijão carioquinha (13,69%) e carne bovina de primeira (9,69%). Apenas o arroz agulhinha acumulou taxa negativa (-10,09%).

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