Sinproeste: Retrocesso democrático na Unochapecó

Fundeste altera estatuto e elimina eleição para reitor

O Conselho Superior da Fundeste acaba de aprovar a proposta de alteração do Estatuto da Unochapecó. Com a decisão, a comunidade acadêmica, professores, técnicos e estudantes perdem força com a redução de representação nas instâncias de decisão. E agrava a decisão com a eliminação de eleição para a escolha do reitor.

A proposta é considerada pelo Sindicato dos Professores do Oeste de Santa Catarina (Sinproeste) como um retrocesso e ao mesmo tempo uma medida contraditória para uma universidade comunitária.

A proposição de alteração do Estatuto já tinha sido submetida ao Conselho Universitário da Unochapecó (Consun) em maio deste ano. Integrado por dirigentes, professores e estudantes, que vivenciam o dia-a-dia da universidade, se posicionaram contrários a alteração, que não foi aprovada.

Desde que o trâmite da matéria na Fundeste chegou ao conhecimento de professores, técnicos e estudantes, gerou inquietação. Notas assinadas pelos diferentes segmentos circularam, na tentativa de sensibilizar os conselheiros pela não aprovação da revisão.

“É uma decisão unilateral”, pondera a vice-presidenta do Sinproeste, professora Solange da Rosa. Em nenhum momento o assunto foi discutido com os pares. A falta de diálogo tem sido uma das marcas da atual gestão da Unochapecó.

Com a impossibilidade de uma participação democrática através do qual o debate e o embate são primordiais num ambiente universitário, o sindicato teme que o clima de insegurança e medo de posicionamento, já presente, fique ainda pior.

Enquanto sindicato “reconhecemos a autonomia do Conselho da Fundeste, mas não podemos aceitar essa decisão, principalmente porque não é um avanço para uma gestão plural, e sim um retrocesso”, pondera a professora Juleide Almeida Corrêa, presidenta do Sinproeste.

“Cabe nos solidarizarmos aos professores, técnicos e estudantes que tentaram, de alguma forma, evitar essa revisão estatutária e dizer que estamos juntos no que for necessário para a defesa da participação, valorização do professor e da qualidade de ensino”, finaliza Solange.

Do Sinproeste

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