8 de março: Ato mobiliza centenas no Calçadão de Tubarão

Pelas trabalhadoras dos campos, das águas, da cidade. Pelas comerciárias, professoras, cozinheiras e advogadas. Por todas as mulheres que, diariamente, até o fim de suas vidas, enfrentam uma dupla – e às vezes tripla – jornada, nós dizemos NÃO para a Reforma da Previdência.

Para marcar o Dia Internacional da Mulher em Tubarão, representantes de movimentos sindicais e sociais realizaram um ato público no Calçadão da cidade, distribuindo material informativo e conversando com a população sobre as drásticas mudanças que estão vindo por aí.

O 8 de março, consagrado como o Dia Internacional da Mulher, é resultado de uma série de lutas e reivindicações das mulheres que, muitas vezes dando o próprio sangue, clamaram por melhores condições de trabalho e direitos sociais e políticos.

Esta luta é árdua e parece não ter data para acabar. Ao longo de todo este mês são realizadas conferências, debates e reuniões para discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia, extinguir o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem com salários baixos, violência, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Como se ainda nos faltassem motivos, neste ano a briga é com a proposta de Reforma da Previdência, que se aprovada vai precarizar ainda mais a vida de milhões de brasileiros – especialmente as mulheres e suas jornadas múltiplas.

Para o presidente do Sindicato dos Ferroviários, Jerônimo Miranda Netto, é fundamental ao povo brasileiro ter conhecimento sobre o risco que todos corremos neste momento. “É preciso reagir ao golpe para tentar reverter o quadro desesperador reservado ao trabalhador brasileiro”.

A presidente do Sinpaaet e coordenadora da Secretaria de Defesa dos Direitos de Gênero e LGBTT, Gisele Vargas, lembrou da importância de envolver as mulheres trabalhadoras nesta luta. “Esta é uma reforma que vai tirar nosso direito a uma aposentadoria digna. Equiparar idade de aposentadoria entre homens e mulheres não leva em conta que a mulher tem uma rotina de trabalho ainda mais precarizada, mantém dupla jornada, dedicando-se ao trabalho e também à própria casa, família e filhos”, observou.

Participaram do ato o Sindicato dos Comerciários, Sindicato dos Ferroviários, o Sinpaaet, a Associação dos Aposentados e Pensionistas de Tubarão, os sindicatos dos trabalhadores na Agricultura Familiar de Sangão, Jaguaruna, Treze de Maio e Grão-Pará, Cresol, Producooper, Cáritas Diocesano e demais movimentos sociais e sindicais. Com palavras de ordem e material de divulgação, os organizadores visaram instar a população a reagir contra o pacote de maldades que está sendo imposto aos trabalhadores brasileiros com o aval da grande mídia.

Elizandra Anselmo, diretora do Sindicato dos Comerciários, destacou a responsabilidade que está nas mãos dos congressistas catarinenses. “Somos contra a Reforma da Previdência e contra a Reforma Trabalhista, e nossos agentes políticos, eleitos por nós, tem que nos escutar”, concluiu.

Do Sinpaaet

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