Cunha lança ‘alerta’ à mobilização contra votação do financiamento de campanha

São Paulo – O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou as redes sociais neste domingo (31) para demonstrar irritação e disposição de confrontar a tentativa dos deputados contrários às manobras impostas ao plenário para aprovar o financiamento privado de campanhas eleitorais. Cunha foi além e adiantou que vai dar celeridade à votação da redução da maioridade penal.

Em seu perfil no microblog Twitter, Cunha lançou ontem (31) outras respostas aos parlamentares: “A Câmara não vai ficar refém dos que não querem que nada que os contrariem seja votado, ameaçando ir à Justiça toda vez que perdem no voto”.

A postagem foi feita um dia após um grupo de mais 60 deputados, de seis partidos, entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) com um mandado de segurança contra a decisão da Câmara que, na votação da reforma política, no artigo que trata do financiamento de campanha, votado esta semana, primeiramente rejeitou e depois aprovou o financiamento empresarial de partidos.

Cunha postou que a próxima polêmica após a conclusão da reforma política será a redução da maioridade penal, uma das principais bandeiras de luta dos setores da sociedade que discordam da pauta conservadora protagonizada pelo atual presidente da Câmara. “A próxima polêmica após a conclusão da reforma política será a redução da maioridade penal, que votaremos até o fim de junho em plenário. A mesma minoria derrotada na questão do financiamento de campanha já foi ao STF tentando impedir a continuação da discussão, após a CCJ aprovar a admissibilidade.”

“A comissão especial da redução da maioridade penal deve concluir seu trabalho até o dia 15 de junho, e levaremos imediatamente ao plenário. Além dessa polêmica teremos ainda muitas outras, já que não vamos deixar de levar à votação qualquer matéria apenas porque um grupo do PT não quer”, acrescentou. “E mais, todos sempre falaram na reforma política, só que ninguém quis colocar para votar. A verdade é que todos querem que o assunto fique sendo só debatido. Eles sobrevivem do debate, mas nunca querem votar.”

No documento apresentado sábado (30) ao STF, os parlamentares dizem que é inconstitucional a forma como a Emenda Aglutinativa 28 foi processada, por violar o Artigo 60, Parágrafo 5º, da Constituição. “A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.”

Da Rede Brasil Atual

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